Botafogo revê filme, perde rumo, comando e crise entre torcida e Seedorf
Bruno Voloch
Passa literalmente um filme na cabeça do torcedor do Botafogo. E com toda razão. Filme não, um autêntico pesadelo.
A direção é a mesma, mas o palco é diferente e os protagonistas são diferentes, exceção feita ao goleiro Jefferson.
O Botafogo em 2011 tinha tudo para se classificar para a libertadores. A vaga na principal competição do continente era dada como certa. Era. Não aconteceu.
Me lembro que após sofreu uma goleada de 5 a 0 para o Cortiba, Caio Jr, desgastado com o elenco, acabou permanecendo no cargo e apoiado pela direção do clube ficou mais dois meses no comando da equipe. Golpe fatal. O inevitável acabou acontecendo quando o Botafogo caiu para o América-MG.
O filme se repete.
Falar em título seria hipocrisia e a vaga, aparentemente nas mãos, começa a escorregar dos dedos e fica seriamente ameaçada.
O desempenho do Botafogo diante do Grêmio foi vergonhoso. Time sem esquema de jogo, um bando em campo e que terminou a partida com Dória, isso mesmo, jogando de atacante. Desespero total.
Não pode ser normal. Como também não pode ser normal o presidente do Botafogo falar em renovação de contrato com Oswaldo de Oliveira após 4 derrotas nos últimos 5 jogos.
É evidente que existe algo de errado no elenco e na relação da comissão com os jogadores. O caso de Seedorf é ainda mais grave. O holandês perdeu moral e credibilidade junto aos torcedores e se já não gozava de prestígio interno acabou perdendo quem mais o apoiava.
O Botafogo segue ladeira abaixo, sem freio como se fora um caminhão desgovernado e agora sem comando.