Razão de um choro olímpico em vão
Bruno Voloch
Bernardinho e José Roberto Guimarães aproveitaram o início da superliga e desceram a lenha no regulamento da superliga.
São dois dos técnicos mais vitoriosos do esporte mundial. Não existe afinidade entre eles, mas o respeito é recíproco e não poderia ser diferente.
Bernardinho e José Roberto Guimarães irão se cruzar na competição e certamente em situação bem diferente da temporada passada quando o Rio tinha um time infinitamente superior. Hoje não. As equipes se equivalem tecnicamente e Campinas, dependendo da levantadora e das condições físicas de algumas atletas, pode ser finalista e acabar com a hegemonia cansativa mas merecida de Rio e Osasco.
Os técnicos reclamam com toda razão da regra imposta dos 21 pontos, mas não podem esquecer da parcela de responsabilidade que possuem no processo. Ambos são reféns da televisão, assim como os atletas, dirigentes e clubes.
É inaceitável. Concordo plenamente com os argumentos usados pelos técnicos. A CBV, segundo regulamento, não permite críticas ao campeonato e ameaça com punição, como já foi visto no passado recente. Grande bobagem.
Bernardinho e José Roberto Guimarães são caras de personalidade, competentes ao extremo e que jamais deixarão de opinar por causa de um item esdrúxulo dos gênios da CBV.
O que eles devem ter em mente e fatalmente sabem dessa realidade, é que nada irá mudar por conta dos últimos discursos.
A CBV não pode. A CBV finge que manda, mas na prática apenas obedece as determinações da TV Globo. Ponto final.