Efeito ‘Mano’ dura 45 minutos
Bruno Voloch
O resultado não foi ruim. O empate diante do Botafogo não pode ser considerado um mau resultado pelo Flamengo.
Diante das circunstâncias, o desempenho do time foi de certa forma surpreendente, especialmente nos primeiros 45 minutos. O Flamengo perdeu a oportunidade de definir o clássico e quem sabe a vaga para as semifinais.
Os jogadores mostraram uma disposição poucas vezes vista sob comando de Mano fazendo lembrar a heroica vitória contra o Cruzeiro nas oitavas de final.
Não existia bola perdida, muita movimentação dos jogadores de meio, participação efetiva dos laterais e uma zaga segura. 1 a 0 foi pouco pelo que produziu o time. Mas futebol é assim.
No segundo tempo o Botafogo foi dono da partida, dominou o Flamengo e mereceu o empate. Inexplicavelmente, o time recuou, deu espaço para o adversário e apresentou nítidos sinais de cansaço. Impressionante como o Flamengo cai de produção a partir dos 20 minutos. É uma rotina que vem desde os tempos de Dorival Junior.
Dirigido agora por Jayme de Almeida, até quando só os resultados irão determinar, o Flamengo deixa uma boa impressão. Não teve um destaque individual, mas o espírito rubro-negro foi incorporado pelos jogadores.
Se mantiver o nível da atuação do primeiro tempo, o Flamengo pode sonhar com algo a mais na Copa do Brasil. Se for o do segundo tempo, não deverá ir longe.
Acabar com a velha gangorra, característica marcante dos tempos de Mano, é o grande desafio de Jayme de Almeida.