Intervalo, incógnita e reação elogiável
Bruno Voloch
O primeiro tempo do Botafogo contra o Flamengo deixou o torcedor muito preocupado. E com toda razão.
O time foi apático, sem vibração, parecia assustado e ainda sob efeito das duas derrotas consecutivas no brasileiro. Dominado, acabou sendo presa fácil para o Flamengo. Jefferson evitou o pior.
No intervalo tudo mudou. O time pisou no gramado para o segundo sob total desconfiança, mas respondeu rápido.
A impressão era que se tratava de um outro time. Agressivo, o Botafogo sufocou o adversário, empatou a partida e se tivesse tido um pouco mais de capricho nas finalizações poderia ter virado o jogo.
O torcedor porém não deve se iludir. O Botafogo caiu de produção nos últimos jogos e tecnicamente não tem sido aquela equipe que encheu os olhos dos analistas e a torcida de confiança. Diante do Flamengo, o Botafogo alcançou o empate muito mais na base da disposição. Menos mal.
Seedorf não rende o mesmo, Lodeiro tem sido pouco objetivo e o ataque custa a criar oportunidades. O lateral Edilson é uma grata surpresa, tem sido regular e útil no setor. Rafael Marques é taticamente um dos jogadores mais importantes do time. Ajuda na marcação quando o Botafogo está sendo atacado, joga pelos lados do campo e tem se mostrado um bom finalizador.
O empate contra o Flamengo deve ser comemorado. Um resultado negativo seria terrível em termos emocionais. O Botafogo reagiu, mostrou personalidade, mas precisa voltar a vencer o quanto antes.