Gabi x Natália vira dor de cabeça para José Roberto Guimarães
Bruno Voloch
Gabi foi a revelação da seleção brasileira na recente conquista do Grand Prix. O torneio significou ainda o retorno de Sheilla, Thaísa e Fabiana.
A polêmica envolvendo a mudança dos sets para 21 pontos na superliga e o desabafo das jogadoras nas redes sociais alfinetando a CBV chamaram a atenção e ocuparam o noticiário nos últimos dias. Conforme previsto, nada acontecerá.
Ninguém será punido, a entidade emitiu nota oficial apenas por questões políticas e o mal estar permanece literalmente no ar.
Enquanto isso, o time treina para a estreia no Sul-Americano. O campeonato será disputado a partir de quarta-feira no Peru.
Após cumprir suspensão por doping, Natália está novamente à disposição.
O torneio é muito fraco em termos técnicos e talvez não seja o ideal para se analisar as reais condições físicas e técnicas de Natália. Aliás, nem dele nem de ninguém.
Serão 5 jogos e o Brasil, embora ensaie o discurso da humildade, tem obrigação de fazer 3 a 0 em cima de Peru, Venezuela, Chile, Colômbia, Argentina. E irá fazer, ratificando assim vaga na Copa dos Campeões do Japão.
Natália tem enorme potencial e não precisa provar nada. Fato. Acontece que a realidade apontas para Gabi e Fernanda Garay nas pontas. Gabi conquistou seu espaço dentro de quadra e não seria justo nem coerente deixar de ser titular. Não acontecerá, pelo menos por enquanto.
A comissão técnica vai argumentar, corretamente, que Natália precisa readquirir seu condicionamento, que ficou muito tempo sem jogar e aos poucos irá entrará em forma. Verdade.
Mas e no futuro ?
Bem, no futuro será uma briga interessante.
Natália não irá se contentar com a reserva e tem bola para ser titular em qualquer seleção do mundo. Gabi está em ascensão e Garay é hoje unanimidade.