Efeito Edílson e raio no Maracanã
Bruno Voloch
Não existe torcedor no mundo mais supersticioso do que o botafoguense. Sorte ou azar, eis a questão.
Fato é que o jogo começa a mudar, ou melhor, as coisas conspiram a favor do Botafogo. Se recentemente alguns diziam que o time parecia perseguido pelo destino por levar sucessivos gols nos minutos finais da partida, hoje o cenário é outro.
É o Botafogo que está se beneficiando da chamada 'sorte'. Talvez coincidências do futebol. Ninguém porem pode discutir a questão do merecimento. Isso não.
Contra o Corinthians o Botafogo foi mais time, jogou melhor, teve mais oportunidades e foi premiado como bem disse Oswaldo de Oliveira pela persistência. Acho que dava para vencer. E deu.
Dizem que existem coisas que só acontecem com o Botafogo. Dizem não, a história criou e consagrou o famoso ditado, tanto negativamente como de maneira positiva.
Quem poderia imaginar que Edilson, terceira opção na lateral, fosse acertar um passe magistral, olhando para um lado e lançando para o outro, no melhor estilo Ronaldinho Gaúcho, deixar o iluminado Hyuri na cara do gol e o lance definir a partida as 44 do segundo tempo ?
Ninguém.
Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Pode até ser, mas quando se trata de Botafogo não existem regras. Foi assim contra o Criciúma e novamente diante do Corinthians. Fora e dentro de casa.
Não foi no mesmo lugar, mas com o mesmo time.
Que mal há nisso ?