Rodrigão tem a cara e se encaixa no coadjuvante RJ Esportes
Bruno Voloch
O RJX, ou RJ Esportes, como será chamado, não deverá mesmo ir muito longe nessa temporada.
Se a crise financeira, o corte no orçamento e a perda do Maracanãzinho eram motivos de preocupação, isso sem falar nas saídas de Lucão, Dante e Théo, o clube parece ter mesmo assumido o papel de coadjuvante.
A chegada de Rodrigão é a prova definitiva.
Política ou não, a contratação do atleta não se enquadra na filosofia de renovação e na descoberta de novos valores, marca registrada de Marcelo Fronckowiak, treinador do time. Índio e Rodriguinho são exceções.
A comissão técnica se cala e evita entrevistas. A diretoria inexplicavelmente nunca veio a público explicar a real situação do grupo EBX, de propriedade do empresário Eike Batista. O eterno Tijuca surgiu como parceiro, mas não dará um tostão ao vôlei, cedendo apenas as instalações.
Diante desse cenário, a chegada de Rodrigão não chega a assustar.
O projeto do jogador de voltar ao vôlei de quadra foi antecipado pelo blog ainda em julho, assim como a parceria com Furnas, em junho.
O Minas era a primeira opção. O clube mineiro porém, diante da relação custo-benefício, apostou no sérvio Novica Bjelica e pulou fora.
Rodrigão tem 34 anos, está zerado pelo ranking da CBV, um passado vitorioso no esporte, mas parou no tempo. O jogador, tricampeão mundial pela seleção brasileira, andou pela Turquia, Catar e passou literalmente pelo Sesi na temporada 2011/12.
Rodrigão é cara do novo RJ Esportes.