A torcida e a verdadeira casa do Flamengo
Bruno Voloch
A classificação para as quartas de final da Copa do Brasil deixa duas lições básicas para a diretoria do Flamengo.
A verdadeira casa do time é e será sempre o Maracanã. Bastou agir com bom senso e colocar preços razoavelmente compatíveis com o bolso do torcedor para encher finalmente o estádio. E assim foi.
Apoiado por mais de 50 mil pessoas, a equipe se superou dentro de campo e arrancou uma vitória dramática contra o Cruzeiro. O Flamengo certamente não foi brilhante, mas atuou com muita disposição e os jogadores foram contagiados pelo clima que das arquibancadas, ou melhor, das cadeiras.
Mano Menezes mudou novamente a escalação mas teve o mérito de jamais deixar de atacar o adversário os 90 minutos. O Cruzeiro foi covarde, não quis jogar e apostou no empate para seguir na competição. No fim acabou sendo duramente castigado no gol do iluminado Elias.
Não me recordo honestamente de nenhuma defesa de Felipe no jogo tirando um lance isolado no fim do primeiro tempo.
Brasília pode ser interessante financeiramente, mas a relação da torcida do Flamengo com o time só é a mesma no insuperável Maracanã.
A equipe precisava do apoio dos torcedores e foi correspondida.
A verdadeira magia está de volta.