Vôlei feminino de Cuba dá vexame e chega ao fundo do poço
Bruno Voloch
A seleção feminina de Cuba dominou os anos 90.
O time cubano era considerado imbatível e foi tricampeão olímpico e mundial. As cubanas conquistaram a medalha de ouro nas olimpíadas de Barcelona 1992, Atlanta 1996 e Sidney 2000. Isso sem contar coo o bronze de 2004 em Atenas.
O primeiro título mundial veio em 1978 e Cuba voltou a mandar no cenário internacional entre 1994 e 1998.
Cuba ganhou ainda 5 vezes a Copa do Mundo e por 8 oportunidades foi ouro nos jogos pan-americanos. O último título foi vencido no Rio de Janeiro e diante do Brasil em 2007.
Foi uma geração vitoriosa e talvez a melhor de todos os tempos. Nomes como Agüero, Regla Bell, Carvajal, Fernández, Gato, Lilia Izquierdo, Mireya Luis, Yumilka Ruiz e Regla Torres marcaram a história do vôlei mundial.
Todas elas de amargas lembranças para o Brasil. Período em que raramente Cuba deixava de vencer a seleção brasileira.
Cuba porém não renovou, parou no tempo, atletas se refugiaram e protestaram contra a política. O reflexo da má adminstração chegou rápido e com resultados negativos surpreendentes.
Cuba não venceu o campeonato da Norceca desde 2007. Hoje é a quarta força do continente atrás dos Estados Unidos, República Dominicana e Porto Rico.
O pior ainda estava por vir. Cuba não se classificou para a olimpíada de Londres e disputou o Grand Prix desse ano com um time jovem com destaque para Melissa Vargas de 13 anos.
Às vésperas do Grand Prix, Cleger e Marcillán abandonaram a seleção conforme o blog noticiou na época.
O resultado foi humilhante.
Cuba perdeu os 9 jogos que disputou na competição, ganhou apenas 3 sets e ficou em décimo nono lugar na frente apenas da Argélia.
Um vexame histórico e inaceitável.