Fim da moleza; hora da verdade
Bruno Voloch
A seleção feminina cumpriu bem a meta e venceu sem dificuldades os 3 últimos jogos da fase de classificação do Grand Prix. Ganhou e não cumpriu mais do que obrigação. Cuba, Holanda e Cazaquistão estão em outro patamar.
Classificada, a seleção parte para Sapporo, no Japão, onde enfrentará as donas da casa, China, Sérvia, Itália e os Estados Unidos.
Sem desmerecer os títulos conquistados em torneios de menor expressão, a fase final será o grande teste do time de José Roberto Guimarães em 2013.
Se mantiver a coerência, o técnico deve manter a base que atuou 90% do Grand Prix, ou seja, com Gabi na ponta e Monique de oposta. Isso não significa porém que Sheilla não deve ser usada, pelo contrário. Monique e Gabi são jovens, somente agora estão adquirindo experiência internacional e é natural que sintam a pressão contra os adversários mais tradicionais.
Aproveitando a fragilidade, a comissão técnica agiu corretamente e deu ritmo para Sheilla e Pri Daroit nos dois últimos sets contra o Cazaquistão. Thaísa foi a melhor em quadra e brincou de bloquear na vitória por 3 a 0 com 25/17, 25/16 e 25/10. A seleção chegou a fazer 11 a 0 no terceiro set.
A campanha da seleção foi altamente positiva e em 9 jogos sofremos apenas uma derrota. O resultado negativo diante da surpreendente Bulgária certamente deixou lições.
Boa parte das seleções usa o Grand Prix como testes para o mundial de 2014. O Brasil não é diferente.
Na fase final, José Roberto Guimarães usará quase 80% do time campeão olímpico em Londres.
Dani Lins, Thaísa, Fabiana, Fernanda Garay e a líbero Fabi estarão em quadra. Sheilla à disposição no banco e Gabi e Monique como novidades.
A terceira fase do Grand Prix marca o fim da moleza. As finais da competição marcam a hora da verdade.