Tropeço normal e classificação garantida
Bruno Voloch
O resultado de fato foi surpreendente.
A derrota do Brasil para a Bulgária por 3 a 1 não pode ser considerada um zebra, mas está longe de ser normal. Confesso que não lembro da seleção ter perdid0 para as búlgaras sob comando de José Roberto Guimarães.
Mas convenhamos. Não é nenhum drama.
Jogamos uma partida ruim, fomos dominados, a Bulgária atuou muito bem taticamente, matou o Brasil no ataque e Dani Lins foi mal na distribuição. Sheilla, longe da forma técnica ideal, rendeu abaixo da média.
A perda da tal invencibilidade acaba ficando em segundo plano. Vejo a derrota como acidente de percurso, assim como o time masculino que perdeu para a França na fase de classificação da Liga Mundial. Semanas depois, o Brasil estava na decisão da competição.
Encontramos as dificuldades habituais contra a República Dominicana e atropelamos Porto Rico como era obrigação.
Holanda, Cuba e Cazaquistão serão nossos próximos adversários, ou seja, 9 pontos garantidos somados aos 14 atuais, colocariam o Brasil na fase final no Japão. Perder para uma dessas seleções aí sim pode ser considerada uma autêntica zebra. Como isso não acontecerá, a seleção estará brigando pelo título.
A China, de Lang Ping, vem sendo o grande destaque do Grand Prix. Não dá para deixar de citar a ótima campanha do Japão, país que irá sediar as finais. A Sérvia tem sido constante e surpreendente, enquanto Itália e Estados Unidos não podem ser descartados. A Rússia, da ótima Goncharova, evoluiu no último fim de semana.
República Dominicana, Alemanha e Bulgária correm por fora.
Terrível mesmo é constatar o declínio de Cuba. As cubanas perderam todos os 6 jogos e ganharam apenas dois sets.