Hegemonia a duras penas
Bruno Voloch
Quem diria.
A seleção brasileira acabou precisando de 5 sets para derrotar a Argentina e manter a hegemonia continete sul-americano.
Fazia tempo, muito tempo, que o Brasil não precisava do tie-break para vencer os argentinos.
Tudo bem que existe a rivalidade e que a seleção estava pressionada pela obrigação de conquista, mas a Argentina era exatamente a mesma que acabara de fracassar nas finais da liga mundial, ou seja, não tinha bola para fazer um jogo tão equilibrado. E fez. Não só fez como calou o ginásio com uma virada surpreendente no quarto set.
O resultado poderia tornar o quinto set uma incógnita. Poderia, mas prevaleceu a experiência e a tradição do Brasil.
A arbitragem errou para os dois lados e conseguiu como de hábito desagradar Bernardinho e Weber. O técnico da seleção brasileira porém não deve ter saído de quadra satisfeito com o que viu. Mesmo com a conquista do título, Bernardinho sabe que o Brasil anda estranhamente longe do ideal. O time segue instável, inseguro em algumas passagens e com Dante abaixo da média.
O retorno de Sidão foi um dos poucos aspectos positivos.
A competição foi marcada por jogos de péssima qualidade técnica e na decisão a seleção passou sufoco para vencer uma Argentina que está distante da elite do vôlei mundial.
A hegemonia foi mantida a duras penas.