Blog do Bruno Voloch

Arquivo : julho 2013

Ritmo de jogo sim, Fellype Gabriel não
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Bruno Voloch

A Copa do Brasil é um sonho antigo no Botafogo.

Oswaldo de Oliveira aprendeu a lição do ano passado quando caiu para o Vitória e diferente dos antecessores está priorizando a competição. É sem dúvida o caminho mais curto para o clube jogar novamente a libertadores.

O adversário de logo mais não traz boas recordações. Em 2007, o Botafogo fez 3 a 1, mas ficou de fora da final porque sofreu um gol no Maracanã.

Se o Figueirense não é bem vindo, jogar em Volta Redonda tem sido altamente positivo. O Botafogo venceu todos os jogos que fez no estádio em 2013.

A ausência de Fellype Gabriel pode ser sentida. O jogador era muito importante taticamente, mas é um enorme exagero dizer que o Botafogo pode não sobreviver sem ele. Menos.

‘Irreparável’ foi o termo usado por Oswaldo para falar da ausência do meia. Sem drama.

Vitinho será escalado na vaga de Fellype, mas só o treinador sabe dizer se o jogador tem capacidade para exercer as mesmas funções e com a competência do antigo titular.

O que o time deve sentir é ritmo de jogo, afinal foram quase 30 dias sem disputar um jogo oficial.

 

 


Fluminense dá como certa saída de Thiago Neves e jogador está fora dos planos
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Bruno Voloch

Al Hilal ou Al Shabab.

Independente do destino de Thiago Neves, o Fluminense, através da diretoria, não conta mais com o jogador para o campeonato brasileiro.

O clube aceita negociar o atleta e sinalizou positivamente para ambos os clubes.

Abel Braga já teria sido comunicado da decisão dos dirigentes.

Celso Barros, presidente da Unimed, patrocinadora do Fluminense, é a favor da negociação. A empresa detém 80% dos direitos econômicos de Thiago Neves.

O jogador, segundo consta, ainda se recupera de um problema muscular e continua no departamento médico.


Elogiado pela Fifa, São Januário volta ao cenário internacional, mas não serve para Vasco x Flamengo
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Bruno Voloch

São Januário foi palco do último treino da seleção brasileira antes da decisão da Copa das Confederações. O estádio recebeu ainda durante o evento Espanha e México. Itália e Haiti realizaram partida amistosa antes da competição.

Mas apesar de ter voltado ao cenário internacional e recebido elogios da Fifa, São Januário, campo do Vasco, segue com restrições.

O objetivo da diretoria era poder receber o clássico do dia 14 contra o Flamengo. O GEPE,  Grupamento Especial de Policiamento em Estádios, vetou a realização da partida no local por questões de segurança.

Vasco e Flamengo devem jogar fora do estado do Rio Janeiro.

A cidade de Volta Redonda está descartada e o jogo pode parar na Arena Castelão, em Fortaleza.


Projeto avança e Maringá deve retornar às quadras com Ricardinho e Lorena
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Bruno Voloch

Ricardinho, ex-levantador da seleção brasileira, deve anunciar em breve a criação do time de Maringá para a disputa da Superliga, temporada 2013/14.

A notícia foi antecipada pelo blog desde o ano passado.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2012/12/19/ricardinho-vai-deixar-volei-futuro-e-criar-time-de-volei-em-maringa/

No dia da decisão entre RJX e Cruzeiro no Maracanãzinho, a gente voltou a confirmar que o time estava sendo criado na cidade paranaense.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2013/04/15/criacao-do-time-de-ricardinho-em-maringa-domina-bastidores-da-decisao-no-rio/

A verba inicial não deve passar dos R$ 8 milhões. Embora as pessoas envolvidas não admitam abertamente, o projeto contou com o apoio de Carmem Panza, mãe de Fabiane e esposa do atleta. Carmen é funcionária do escritório de Ricardo Barros, homem influente em Maringá e ex-prefeito da cidade.

Ricardinho se envolveu diretamente na contratação de Lorena, jogador que atuou com o levantador na época do Vôlei Futuro.

Convidada pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Maringá participou da Superliga pela última vez na temporada 2007/2008 com a denominação de Purity/Cesumar.

Há 18 anos, em 1995, o mesmo Ricardinho, ao lado de Giba e Paulão, hoje treinador de Canoas, vestiram a camisa da Cocamar e representaram Maringá no cenário nacional.


O perfeccionismo além do limite de Bernardinho
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Bruno Voloch

A derrota do Brasil para a França no último fim de semana ainda não foi bem digerida por Bernardinho.

Após o resultado negativo, ainda no Ibirapuera, o treinador declarou:

‘A França jogou muito bem. Se isso aconteceu, foi porque eu não consegui preparar a equipe da melhor forma. A responsabilidade é toda minha. A minha gestão não foi boa’.

Bernardinho tem muitas virtudes e uma delas é saber preparar seus times para enfrentar os adversários. A comissão técnica da seleção é muito competente e estuda minuciosamente, jogador por jogador, a equipe que estará do outro lado da quadra. Foi e sempre será assim.

O técnico, como é de conhecimento geral, fica as vezes vendo vídeos durante as noites que antecedem os jogos.

Portanto, acho difícil, pra não dizer improvável, que Bernardinho não tenha preparado adequadamente a seleção para os jogos contra a França. Se os jogadores não leram ou não obedeceram taticamente é uma outra questão.

O que ninguém esperara é que a França fosse resistir e jogar da maneira agressiva como se apresentou.

Portanto, nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno.

Bernardinho não pode, ou pelo menos não deveria se culpar pela derrota e assumir sozinho a responsabilidade. A gente entende que a intenção é blindar o grupo e evitar cobranças exageradas nesse período de renovação.

Bernardinho exagerou na dose. O perfeccionismo foi além do limite.

Cobranças sempre irão existir, mas é preciso dividir as responsabilidades.

 

 


Felipão, demitido do Palmeiras, responde com título na seleção brasileira
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Bruno Voloch

A segunda passagem de Luiz Felipe Scolari pelo Palmeiras terminava há 10 meses com o técnico sendo demitido em setembro do ano passado.

Campeão da Copa do Brasil, Felipão acabaria não resistindo a derrota para o Vasco e a última colocação no campeonato.

O rebaixamento acabou sendo inevitável e o treinador é considerado por muitos um dos responsáveis pela queda do time para a segunda divisão.

Boa parte da mídia considerava Felipão ultrapassado. Mano era demitido da seleção meses depois de fracassar na Olimpíada de Londres.

Em novembro, Luiz Felipe Scolari era confirmado como novo técnico do Brasil.

O futebol tem lá suas curiosidades.

Felipão assumia a seleção sob desconfiança e no pior momento da vitoriosa carreira. A CBF, sem alternativas, apostava na experiência do treinador e o conhecimento nos bastidores da entidade.

Curiosamente, ele assumiu a seleção brasileira em 2001, após a Copa das Confederações, quando Emerson Leão foi demitido, mas em circunstâncias diferentes. Felipão chegava do Palmeiras, no qual havia conquistado Copa do Brasil e Libertadores, e acabou classificando o Brasil para a o Mundial do Japão/Coreia do Sul.

Na Copa, reabilitou Ronaldo e foi campeão com 100% de aproveitamento.

Felipão comandou Portugal e virou ídolo do país. Foi vice-campeão da Europa em 2004 e quarto colocado na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Fracassou nas quartas de final da Euro 2008

No Chelsea, os resultados foram abaixo do esperado e Felipão durou menos de um ano. O treinador se arriscou pelo Bunyodkor, do Uzbequistão e foi campeão local em 2009 antes de pisar em 2010 no Palmeiras. O desfecho da passagem pelo clube é conhecido por todos.

Felipão novamente está em alta. Em pouco tempo de seleção deu cara ao time, esquema tático e consegui fazer Neymar desequilibrar.

O grupo está praticamente formado para a Copa de 2014. 90% será o mesmo que jogou a Copa das Confederações.

Felipão construiu uma base. Apostou em Julio Cesar, Paulinho foi imprescindível e Fred o verdadeiro camisa 9. O treinador resgatou a confiança perdida e o maior mérito foi ter feito Neymar descobrir o prazer de jogar pela seleção brasileira.

Felipão é o mesmo. Não mudou e mostrou ter estrela, além de competência e humildade.

Agora precisa evitar o oba-oba, natural após uma conquista como essa, ainda mais em casa. Reconhecer que a Copa do Mundo é  uma outra competição e bem mais difícil é o primeiro passo.

O futebol tem dessas surpresas.

O mesmo Felipão, dado como ultrapassado no Palmeiras e em fim de carreira, deu nova vida e cara para o futebol brasileiro.

 

 


A saúde, os números e as mãos da seleção
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Bruno Voloch

A seleção masculina saiu no lucro diante da França. O saldo diante das circunstâncias apresentadas foi positivo.

Os franceses poderiam ter deixado o país com duas vitória se não tivessem tido um apagão  no tie-break da primeira partida.

A verdade é que o Brasil, assim como várias outras seleções, passa por um período de renovação e instabilidade. Maior exemplo é o fato de não existir nenhuma time invicto na liga mundial.

Resultados surpreendentes continuam acontecendo por todos os lados. Cuba, que não tinha vencido ninguém, derrotou a Rússia, campeã olímpica. O Irã, de Julio Velasco, conseguiu bater a Itália fora de casa.

Bulgária, Itália e Holanda lideram os grupos A, B e C, respectivamente. Brasil e Bulgária foram os que menos perderam, uma vez, e Cuba e Argentina, os que menos ganharam.

O desempenho ruim frente aos franceses deixa alguns questionamentos no ar.

Dante, exímio jogador e ponteiro de raríssimas qualidades, ainda tem saúde para ser titular ? Não se discute os serviços prestados pela atleta, mas Dante é hoje a melhor opção ?

E as ‘mãos’ da seleção voltam a ser tema.

Bruno aparece apenas em sexto lugar nas estatísticas da liga mundial, mas ganhou em quadra o direito de ser titular da seleção. Vive ainda de altos e baixos, mais altos do que baixos. É líder, adora jogar sob caras e bocas, mas exagera na dose.

William é importante taticamente e demonstrou isso em quadra no quinto set contra a França na primeira partida e no segundo e terceiro sets do segundo jogo. É útil, mais preciso que Bruno, arrisca menos, mas dá prejuízo na rede. Os adversários simplesmente ignoram William no bloqueio.

Rapha sim precisa ser testado. O levantador do Trentino é mais rodado que Bruno e William juntos, tem bagagem de sobra, mas estranhamente não ‘acontece’ com Bernardinho. O jogador dizem estar recuperado da fratura que sofreu no dedo e estaria apto para atuar nas finais da competição na Argentina. Tomara.

Se a fase é de testes, é a hora de botar Rapha para jogar, assim como Lucarelli e Éder estão fazendo.

Lucarelli é uma realidade, mas ainda precisa evoluir. Éder é um bom reserva e não compromete. Sidão é mais completo e regular. Vissoto ganha o duelo particular com Wallace e Lucão é inquestionável.

Mario Jr é o único jogador brasileiro que aparece como líder nas estatísticas. É até agora o melhor atleta de defesa da competição. Mario Jr é esforçado, mas não tem liderança, presença em quadra.

Nesse caso, sem Serginho, Bernardinho não tem alternativas.

A perda da invencibilidade também não é o fim. Apesar do fraco e decepcionante desempenho no fim de semana, o trabalho de renovação precisa continuar.

Renovação, nem que isso custe novos insucessos. Esse é o caminho.