Do chororô ao time de guerreiros, Cuca finalmente alcança a glória
Bruno Voloch
Curioso o futebol no Brasil.
Antes da conquista da Libertadores, Cuca era taxado de azarado e chamado por muitos de desequilibrado. Hoje, acordou herói, com honras e méritos de sobra. O treinador entra para a história do Clube Atlético Mineiro.
Cuca fez um ótimo trabalho no Botafogo e resgatou o time em termos nacionais. Brilhou no clube entre 2006 e 2008 e fez o time jogar um futebol ofensivo, bonito e envolvente. Quis o destino que o Botafogo caísse para o Flamengo em finais consecutivas o de que certa forma marcou Cuca negativamente. Até de pé frio, o técnico foi chamado na época.
Cuca porém nunca escondeu a identificação com o Botafogo e dias depois de se demitir após perder ser eliminado da Sul-Americana, Cuca voltou ao clube e não resistiu por muito tempo.
Em 2009, fez história ganhando o estadual pelo Flamengo em cima do Botafogo e livrando o Fluminense milagrosamente do rebaixamento, dando início a era do 'time de guerreiros'. O Fluminense, ainda sob seu comando, seria vice da Sul-Americana.
Cuca brigou pelo título brasileiro até as últimas rodadas quando dirigiu o Cruzeiro e levou o time para Libertadores.
No Galo, chegou a se demitir após longa série sem vitórias, mas foi convencido do contrário. Bateu novamente na trave no brasileiro de 2012, mas acabou premiado quase 18 meses depois com a maior conquista da carreira.