Injusta e inevitável síndrome da prata na carreira de Bruno
Bruno Voloch
Bruno foi eleito o melhor levantador da Liga Mundial e de quebra faturou U$ 10 mil dólares.
O jogador porém era a própria imagem da frustração no pódio. O rosto ainda estampava toda a decepção por mais um vice-campeonato e a derrota acachapante para a Rússia na final. Bruno era um dos mais abatidos e não esboçou reação ao receber a medalha de prata.
Aliás, já tinha sido assim na Liga Mundial de 2011, na Olimpíada de Londres em 2012 e a história se repetiu agora em Mar del Plata. Isso sem falar na prata nos jogos olímpicos de Pequim em 2008. 4 pratas quase em sequência.
Bruno é uma realidade, mas não consegue ser unanimidade e deu claros sinais de insegurança. Viveu novamente de altos e baixos na competição e na decisão não jogou bem, assim como todo o time.
O levantador tem virtudes. É vibrante, ganhou a faixa de capitão, é líder, mas ainda não faz a diferença.
É incrível e até inaceitável como Bruno não consegue acertar as bolas na entrada de rede. Ele insiste em repetir a jogada quando o companheiro é bloqueado, situação que já foi observada pelos adversários, mania que será deixada de lado com o tempo.
Difícil com Bruno, pior sem ele.
William teve poucas chances, jogou contra os Estados Unidos porque o Brasil estava classificado, mas está na cara que não é a primeira opção de Bernardinho. É mais preciso do que o titular, mas é baixo para os padrões internacionais.
Rapha ainda pode ser a melhor alternativa, mas teve a falta de sorte e acabou quase não jogando por contusão.
O Sul-Americano e a Copa dos Campeões são as próximas competições. O primeiro é obrigação e o segundo não tem o mesmo peso da Liga Mundial. São ótimas oportunidades de Rapha ser testado, mas duvido muito pela maneira como as coisas são conduzidas na seleção.
Bruno, pelo jeito, terá que conviver e superar a injusta mas inevitável síndrome da medalha de prata.