Muita calma nessa hora
Bruno Voloch
A derrota para a Rússia foi doída, mas o caminho para o crescimento do vôlei brasileiro é reconhecer a superioridade do adversário.
Bernardinho foi perfeito.
Mesmo ainda sob os feitos da derrota, fez questão de enaltecer os russos e não tentou encontrar desculpas para o resultado negativo. Aliás, não encontraria por mais que procurasse.
Sereno, o técnico, que nunca gostou de dar entrevistas após as derrotas, foi feliz e corajoso. Assumiu a responsabilidade pela derrota e saiu em defesa dos mais jovens.
Lucarelli e Wallace já são realidade, mas fracassaram na final. Nada porém que possa tirar as virtudes desses dois jogadores de enorme futuro. Jovens, certamente irão aprender e amadurecer com o tempo. É uma dura lição, mas faz parte do esporte.
O trabalho de renovação deve continuar. Isac foi outra grata surpresa.
Mas existem baixas.
Dante dá sinais de desgaste, Maurício não vingou e Thiago Alves e Lipe foram apenas coadjuvantes.
Éder teve azar de se contundir na reta final, mas ainda é uma incógnita.
A medalha de prata tem o sabor amargo e a pressão por títulos sempre irá existir. É bom de qualquer forma ter muita calma nessa hora e evitar queimar uma geração que está em formação.