CBV morde e assopra, apadrinha e pune
Bruno Voloch
Dois pesos e duas medidas.
Assim a CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, anunciou as equipes que disputarão a Superliga 2013/14.
A exclusão do Volta Redonda, que descumpriu um dos itens do regulamento e deve salários aos jogadores, foi uma atitude corajosa e elogiável. Não sei se a entidade teria a mesma postura se fosse o caso de um time grande estar envolvido no processo, duvido muito, mas como não aconteceu, vida que segue e ninguém vai sentir a ausência do Volta Redonda.
O que a CBV não pode explicar é o critério usado para a participação de Maringá, Brasília, Jacareí e Maranhão.
Foram dois pesos e duas medidas. Lamentável.
Monte Cristo fez o papel correto. Jogou a segunda divisão, se classificou dentro de quadra, na bola e de maneira limpa. Maringá fez o papel inverso e ganhou o convite da CBV, assim como os 3 times femininos citados.
Lamentável.
É óbvio que ninguém vai explicar os critérios adotados para receber o convite da CBV. Não existe critério, basta ter condições financeiras, preencher os pré-requisitos e boa sorte, ou seja, janela aberta.
Maringá, Brasília e Jacareí são os menos culpados, mas chegam para jogar a competição pelo caminho errado e com o consentimento da CBV. Uma vergonha. Não dá para dizer o mesmo do time de Maranhão que manifestou publicamente o desejo de jogar a segunda divisão.
Fico imaginando como devem se sentir clubes como Araraquara no feminino e Atibaia no masculino, entre tantos outros, que não são apadrinhados e acabam atropelados pela política.
Menos mal que Maringá, Brasília e Jacareí serão apenas figurantes, vão estar entre os 8, cumprir o papel de inchar a Superliga e nada além disso. Seria inaceitável ver um deles como campeão brasileiro.