Paulo Autuori não acredita em 1º de abril
Bruno Voloch
A saída de Paulo Autuori do Vasco era questão de tempo.
Sem time, sem perspectivas e sem apoio da diretoria, o treinador deixou o clube.
Autuori é raridade no futebol brasileiro. Homem íntegro, profissional de palavra, não suportou as eternas promessas do clube.
O profissionalismo passa longe de São Januário. A credibilidade idem.
Paulo Autuori aceitou o desafio de treinar o Vasco ciente da grandeza do clube e da torcida. Longe do Brasil desde 2009, o técnico se iludiu, ou melhor, deu um voto de confiança aos dirigentes do Vasco, mas esqueceu que nem sempre o que é promessa vira dívida.
Sendo assim, optou em não compactuar com a falta de verdade que impera no clube. O treinador funcionava como porta-voz do grupo com a diretoria e perdia a credibilidade na medida que era enrolado pelos superiores.
O Vasco, garantem aqueles que vivem o dia a dia, ainda espera acertar contratos de patrocínios com a Caixa e a Nissan.
Paulo Autuori preferiu não esperar.