CBV faz convite, clubes recém-criados entram pela janela e quebram regulamento da Superliga
Bruno Voloch
Monte Cristo, atual campeão da segunda divisão e Canoas, vencedor em 2012, são exceções.
A crise financeira e política no Brasil é uma realidade. No vôlei a história não é diferente.
O RJX, atual campeão da superliga, talvez seja o maior exemplo.
A CBV criou a superliga B, espécie de segunda divisão, e que classifica o campeão para a elite do vôlei nacional. Canoas em 2012 e Monte Cristo, recentemente, cumpriram o regulamento e ganharam em quadra o direito de jogar a primeira divisão.
No feminino a coisa funciona diferente.
O regulamento foi rasgado, a CBV faz convites por fora, clubes entram pela janela e o times sem força política e financeira ficam pelo caminho.
‘O regulamento existe, mas é quebrado. Quem tem grana e jogadoras famosas entra na marra, na moral. É lamentável’, esbraveja uma atleta da Uniara, de Araraquara, ‘primo pobre’ em questão.
Essa semana, Eduardo Toledo, dirigente do CRB, de Maceió, assumiu abertamente como a coisa funciona:
‘A parte burocrática está toda definida, já recebemos o convite oficial da CBV e faltam agora apenas pequenos detalhes’.
Jacareí e Brasília, recém-criados, seguem a mesma linha, já contam com o apadrinhamento da entidade e usarão a janela para jogar a superliga.
Maranhão, do técnico Chicão, outra novidade na temporada, pensa diferente:
‘Vamos cumprir o que está determinado e não queremos ser favorecidos. Estamos preparados para disputar a segunda divisão e garantir em quadra o direito de participar da primeira. É assim que fizemos o projeto’.
Procurada pelo blog, a CBV preferiu não se pronunciar sobre o assunto.
São Bernardo, último colocado na superliga temporada 2012/13, teria que brigar com os clubes que tentam o acesso em quadra, mas segundo consta, está garantido na competição.
É admirável ver novas empresas investindo no esporte, vôlei especificamente. Não é justo porém, clubes formadores de atletas ficarem de fora da competição por causa do baixo investimento ou política.
O regulamento deveria ser igual para todos. Não é.