Crônica de uma derrota anunciada
Bruno Voloch
Na véspera faltou pouco para o Brasil conhecer a primeira derrota na Liga Mundial. No segundo jogo, mesmo com ginásio lotado, não teve jeito.
A França fez 3 sets a 1 e a seleção perdeu a invencibilidade na competição. Poderia ter sido pior. Não seria nenhum absurdo os franceses deixarem o Ibirapuera com 3 a 0.
Ngapeth repetiu o ótimo desempenho do jogo anterior, mas ninguém jogo mais bola que Sidibe. O atacante da França não foi o maior pontuador da partida, mas acabou sendo decisivo com 18 pontos.
O bloqueio da França achou o tempo e parou diversas vezes o ataque brasileiro. Gérald Hardy se destacou com 5 pontos no fundamento. A França fez 13 contra 11 do Brasil.
O saque brasileiro esteve inconstante e facilitou o trabalho do habilidoso levantador Toniutti.
Bernardinho fez o que podia. Arriscou com Wallace jogando de titular na vaga de Vissoto, mas não deu resultado. Bruno foi impreciso e ambos foram substituídos. Com William e Vissoto em quadra, a seleção sobreviveu e empatou o jogo no segundo set muito mais em função da instabilidade emocional dos franceses do que por méritos próprios.
A alegria durou pouco. A França, através de Ngapeth e Sidibe, voltou a dominar a partida.O Brasil abusava dos erros, rotina nos últimos jogos do time. Dante jogou 3 sets e marcou 3 pontos, desempenho inadmissível.
O entra e sai não resolveu.
Bernardinho, sem alternativas, fez Bruno voltar, mas o levantador já não tinha a mesma confiança. Quem começou não resolveu, quem entrou não fez a diferença.
Se na sexta-feira o Brasil escapou por pouco, dessa vez não teve jeito.
Foi a crônica de uma derrota anunciada. Merecida, diga-se de passagem.