Ana Maria: “Podem me cobrar e quero jogar em alto nível”
Bruno Voloch
A levantadora Ana Maria é um dos reforços do Sollys/Osasco para a temporada 2013/14.
A jogadora chega para substituir Karine que foi para o vôlei da Suíça, Volero Zurich. Ana Maria estava jogando no Pays d’Aix Venelles, da França, e diferente da companheira de clube, Clarisse, optou em voltar para o Brasil.
Ana recebeu convite de Luizomar de Moura, técnico de Osasco:
''Fiquei bem feliz com o convite. Na verdade eu tinha em mente ficar mais umas duas temporadas fora. Não estava nos meus planos, mas fiquei animada de voltar e mostrar mais uma vez o meu trabalho''.
Ana diz que tem um carinho especial pelo treinador:
''Osasco fez uma proposta legal, acredito no trabalho deles e principalmente da comissão técnica O Luizomar foi meu primeiro técnico profissional, eu saí de casa e fui jogar com ele em Campos em 2002. Isso sem dúvida tem um peso grande na escolha''.
Na conversa com a gente, Ana fez questão de enaltecer a vida na França.
''Fiquei muito satisfeita. Todos me receberam muito bem. Eles adoram as brasileiras e querem sempre aprender coisas do nosso vôlei. A liga não é forte, jogam muitas estrangeiras, mas acredito que a cada ano eles ficam mais profissionais''.
Fabíola, hoje na seleção, é titular do time. Ana chega para ser banco, mas a condição não assusta a atleta:
''Realmente será diferente porque eu joguei todos os jogos da temporada na França. Agora será uma adaptação. Mas eu já sabia disso quando aceitei voltar e estou focada. Sei que teremos muita cobrança, mas podem me cobrar e quero jogar em alto nível''.
Ana Maria está com 28 anos, tinha propostas do vôlei europeu, mas optou em voltar. A levantadora mostrou muita coragem e personalidade ao responder sobre a possibilidade de jogar na seleção, afinal um novo ciclo está começando:
''Infelizmente não sonho não. Preciso estar dentro da realidade. Se acontecer, ótimo, mas se não vier, paciência. Vida que segue. Deve ser maravilhoso estar lá, representar seu país e poder ser uma das melhores. Mas não ir, também não significa que você não teve sucesso na sua vida, uma carreira legal. Eu sou feliz com o que conquistei. Apesar de não ter muitos títulos expressivos, posso dizer que realizada''.
e jogar num alto nível.
Como experiência de vida foi ótimo. Morei num país maravilhoso, conhecia varios lugares e aprendi a falar francês.