Priscila Daroit faz caminho inverso e chega para ficar
Bruno Voloch
Priscila Daroit tem sido o destaque da seleção brasileira na Montreux Volley Masters.
A Suíça é fraca tecnicamente e sem tradição, a China atuou com time juvenil e a Rússia optou por uma seleção B. Por essas e outras, a seleção venceu fácil seus jogos na primeira fase, mas nada que nos permita analisar taticamente jogo a jogo.
Melhor nesse caso focar no desempenho individual.
Dani Lins, Fernanda Garay e Camila Brait estão prontas e seriam hoje naturalmente titulares no novo cilco olímpico.
Adenízia tem a forte concorrência de Thaísa e Fabiana. Juciely funciona como quarta opção quando a seleção estiver completa.
Tandara não dá para afirmar que se tornou uma realidade. Precisa jogar, coisa que ainda não fez com a camisa da seleção.
Ninguém porém tem jogado mais bola nesse início de temporada que Priscila Daroit. A jogadora foi indiscutivelmente a melhor do Brasil até agora na competição. Regular, corajosa e assumindo funções importantes no time.
Priscila tem mostrado personalidade e atitude.
Curioso é que José Roberto Guimarães aposta na atleta na seleção e abriu mão do talento da ponteira em Campinas. Priscila deixou o clube e foi para o Sesi. Inexplicável.
Trata-se de uma jogadora promissora e que normalmente o treinador não deixaria de aproveitar nas duas frentes. Pode ter sido uma simples opção da atleta, mas causa estranheza.
Se Priscila 'não aprovou' no clube, como seria capaz de vingar na seleção ?
Pois é exatamente o que está acontecendo. Tudo bem que estamos enfrentando adversários fracos, é início de temporada, a cobrança é menor, mas Priscila tem dado conta do recado e cumprido seu papel.
Se mantiver os pés no chão, for humilde e jogar coletivamente, sem estrelismo, é um nome que veio para ficar.