Blog do Bruno Voloch

Arquivo : março 2013

Paulão quebra preconceito, valoriza veteranos e Canoas pode fazer história
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Bruno Voloch

Canoas está muito perto de fazer história na superliga.

A vitória surpreendente contra o Sesi fora de casa na abertura das quartas de final, deixa o time em ótima situação na competição. Um resultado positivo na quinta-feira diante da torcida, coloca Canoas na semifinal do torneio.

O Sesi segue lutando contra os problemas de contusão e dessa vez Sidão ficou de fora. Giovane Gávio, verdade seja dita, raramente pode contar com o elenco 100%. Não serve como desculpa, mas é a realidade. Murilo, Éder, Serginho, Lorena e Sandro, ou seja, todos os titulares passaram pela mesma situação e honestamente não sei se hoje estão completamente recuperados.

Por outro lado, os veteranos de Canoas se apresentam em ótimas condições físicas. Gustavo, perto dos 38, tem disposição de um garoto. Dentinho, Minuzzi, Salsa e Boskinho seguem a mesma linha. Xanxa, entrou e resolveu o jogo no quarto set. Isso sem falar na mão precisa do rodado Jotinha e do sempre útil Rafa no banco.

O técnico Paulão é o grande responsável pelo sucesso do projeto. Paulão apostou em alguns jogadores desacreditados e soube tirar o máximo de cada um deles, sempre respeitando o limite dos atletas.

Canoas dá um belo exemplo. O orçamento do clube não passa perto do investimento feito por Sesi, RJX e Cruzeiro. O time fez o caminho correto, jogou a segunda divisão e ganhou dentro de quadra o direito de jogar a superliga.

Na base da humildade, do respeito e acima de tudo do ‘acreditar’, o time chegou. Mesmo sem ter sido convidado e sendo visto como ‘penetra’, Canoas quer estragar a festa dos gigantes.

 


6 contra 3, dá Osasco
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Bruno Voloch

O desespero do técnico José Roberto Guimarães era plenamento justificável.

Se tivesse atuado com o time completo, poderia ter equilibrado ainda mais a partida diante de Osasco.

Campinas sobreviveu graças ao trio formado por Ramirez, Priscila Daroit e Walewska, sempre ela. 3 contra 6 fica impossível vencer. Sim, porque do outro lado todas as jogadores de Osasco jogaram bem, inclusive Karine e Ivna quando solicitadas.

Seria absolutamente injusto deixar de citar qualquer uma delas. Sheilla, assim como Walewska, assumiu a responsabilidade e liderou Osasco. A jogadora foi importantíssima ofensivamente e no bloqueio.

A diferença do jogo, além do 6 contra 3, foi o aproveitamento nos contra-ataques. Não pode um time com a qualidade técnica de Campinas deixar de pontuar em dois sets. Foi o que aconteceu.

Suellen foi extremamente insegura, errou vários passes e prejudicou a linha de recepção de Campinas. Vasileva ficou devendo.

Fernanda Garay e Jaqueline nem precisaram ser eficazes como de hábito. Osasco joga e tem duas centrais de qualidade como Adenízia e Thaísa. Campinas usa Andressa e Natasha, mas as duas não vingam e não são confiáveis.

Fabíola estava inspirada. Pri Heldes nem tanto, longe disso, ainda mais quando decide jogar por conta própria e ignorar as orientações de José Roberto Guimarães.

A arbitragem mostrou finalmente pulso, distribuiu cartões, mas não passou perto de interferir na vitória de 3 a 1 de Osasco.

O jogo coletivo de Osasco resolveu a partida contra Ramirez, Pri Daroit e Walewska.


Unilever para Tandara, ‘mata’ Sesi e deixa Gabi de recordação
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Bruno Voloch

O Sesi jogou um set, depois parou. Pouco para pensar em derrotar o Rio de Janeiro.

A vitória por 25/23 deu a sensação de que o Sesi poderia surpreender e jogar de igual para igual na abertura das semifinais.

Elisângela e Fabiana atuaram muito bem e ao lado de Tandara, foram determinantes para que o time paulista ganhasse a primeira parcial.

Depois o Sesi simplesmente parou. Aliás, foi parado pelo Rio.

O bloqueio carioca começou a pontuar, tocar nas bolas e o Rio passou a virar nos contra-ataques.

Bernardinho enxergou que não era dia da canadense Sarah e tirou a oposta. Arriscou tudo improvisando Regiane como oposta e jogadora correspondeu plenamente, tanto que Sarah não voltou mais para a partida.

O Rio virou até com relativa facilidade fazendo 25/17, 25/20 e 25/16.

O Sesi se entregou com facilidade, deixou de ser agressivo e perdeu definitivamete Tandara após a jogadora discutir com o técnico Talmo.

Era a senha que o Rio precisava.

Se com Tandara já seria complicado para o Sesi vencer, sem ela ficou impossível.

Natália fez sua melhor partida e marcou 18 pontos.

Não dá porém para deixar de citar Gabriela. A jovem e promissora ponteira carioca foi o destaque do jogo pela regularidade e eficiência no ataque e no saque.

Chama muito a atenção a personalidade dessa menina. Impressionante. Gabi simplesmente ignorou o fato de estar enfrentando várias campeãs olímpicas do outro lado da quadra.

O Rio está mais próximo da decisão do que possa imaginar.

O Sesi não entendeu que nenhum time pode depender somente de uma jogadora e que um jogo de vôlei pode durar até 5 sets. Só tem mais uma chance para isso.


Lucão, sempre ele, resolve para o RJX contra São Bernardo
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Bruno Voloch

Sem sustos, O RJX confirmou o favoritismo e abriu as quartas de final fazendo 3 a 0 diante de São Benardo no Maracanãzinho.

Dúvida durante a semana, Bruno atuou normalmente e para variar transformou Lucão no melhor da partida.

O central do RJX foi disparado o jogador mais eficiente e importante em quadra. Lucão fez 16 pontos entre ataques e bloqueios. Curiosamente, os dois ponteiros juntos, Thiago Alves e Dante, não somaram mais pontos que Lucão.

Talvez o único fundamento que não tenha funcionado de maneira ideal foi o saque. São Bernardo levou ampla vantagem e por isso complicou o segundo set. Mas o RJX teve incrível superioridade no bloqueio e o ataque carioca raramente foi parado por São Bernardo.

Vitória justa, tranquila e que deixa o RJX virtualmente classificado para as semifinais.


Bolívar, de Giba, tem interesse na contratação de Ricardinho
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Bruno Voloch

O vôlei da Argentina pode ser o destino de Ricardinho.

Embora tenha feito recentemente juras de amor ao Vôlei Futuro, o jogador, assim como os demais, foi liberado pela diretoria do clube.

O Bolívar, atual time de Giba, tem interesse na contratação de Ricardinho.

A equipe conta ainda com mais dois estrangeiros: Angel Dennis, de Cuba e Donald Suxho, dos Estados Unidos.

Campeão argentino na temporada 2009/10, o Bolívar é atual vice-líder do campeonato.


Vôlei Futuro encara realidade, confirma crise e dispensa elenco
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Bruno Voloch

Corajosa e honesta a postura de Marcela Constantino, diretora do Vôlei Futuro, de Araçatuba.

Ciente das dificuldades financeiras do clube, Marcela optou em liberar todo o elenco, comissão técnica e deixou claro que os jogadores não devem perder a oportunidade de aceitar propostas de outros clubes.

Em dezembro, apesar dos insistentes desmentidos de quem ainda estava no dia a dia do clube, o blog denunciou a gravidade da saúde financeira do Vôlei Futuro.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2012/12/18/volei-futuro-vive-crise-financeira-e-comissao-tecnica-sofre-com-salarios-atrasados/

Em janeiro a situação só se agravou.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2013/01/30/volei-futuro-convive-com-salarios-atrasados-dividas-descaso-da-diretoria-e-deve-fechar-as-portas-apos-superliga/

Marcela foi simples e objetiva. Mais clara, impossível.

Acontece que os mandatários do clube paulista parecem não falar a mesma língua.

Enquanto Marcela diz que depende de patrocinadores para manter o time masculino am atividade, Basílio Torres, também dirigente do Vôlei Futuro age de maneira diferente.

No último jogo da fase de classificação contra o Cruzeiro, partida que selou a eliminação do time, Basílio Torres, convidou Wallace e Filipe para jogarem em Araçatuba.

O Cruzeiro enfrenta neste fim de semana o Volta Redonda pelas quartas de final da Superliga.


Sensibilizado, técnico campeão brasileiro luta por Santa Maria e cidade pode ganhar equipe de vôlei para a Superliga
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Bruno Voloch

A cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, jamais esquecerá a tragédia de 27 de janeiro quando mais de 240 pessoas morreram após um incêndio na boate Kiss.

Empresários e profissionais ligados ao esporte estão impressionados como a vida mudou na cidade.

O gaúcho Jorge Schmidt, técnico renomado e que dirigiu diversas equipes no sul do país, falou com blog como encontrou a cidade:

“É muito triste tudo que essa cidade passou. A gente se assusta nas ruas. Santa Maria ainda não superou os acontecimenos lamentáveis daquele dia e rezo para que consiga dar a volta por cima. Sinceramente, espero poder fazer alguma coisa pela população”.

Jorge Schmidt confidenciou que está conversando com o prefeito da cidade, Cezar Schirmer, sobre a possibilidade de Santa Maria montar um time masculino de vôlei para jogar próxima superliga.

“Já estamos com alguns pontos adiantados e posso dizer que o prefeito comprou a idéia. Na semana que vem estarei na cidade e tenho uma lista de empresas interessadas em estar no projeto”.

O Clube Recreativo Dores seria a sede do novo time. O ginásio tem capacidade para 3.500 torcedores, ótima área social e conta com a estrutura necessária.

“O local nos atenderia perfeitamente. Não tenho dúvida. Clube de primeira linha e com tudo que necessitamos”, afirma Jorge.

O técnico é cauteloso e explica os motivos:

“Sei bem porque já passei por isso antes. Não é fácil montar um time, conseguir patrocinadores, mas digo que as pessoas se envolveram como deveriam para o início da coisa”.

Emocionado, ele continua:

“O que eu quero é trazer um pouco de alegria, se é que isso seja possível, para essas famílias que sofrem até hoje com a dor e a perda de parentes. O esporte é um caminho e Santa Maria merece. Nada vai apagar o que aconteceu, mas daria tudo para ver o sorriso de volta no rosto de alguns deles”.

Jorge Schmidt trabalhou a última temporada na extinta equipe de Montes Claros. O técnico tem 54 anos e foi tricampeão brasileiro comandando Frangosul/Ginástica, em 94/95, e depois a Ulbra 97/98 e 98/99.


Paula Pequeno vê do banco vitória do Fenerbahçe na Turquia
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Bruno Voloch

Só o tempo poderá dizer, mas os 3 pontos que marcou na decisão da Copa Europeia podem custar caro para Paula Pequeno.

O Fenerbahçe voltou a jogar pelo campeonato turco e derrotou o Nilufer, décimo colocado, por 3 sets a 0, parciais de 25/20, 25/15 e 25/21.

O regulamento permite a escalação de no máximo 3 estrangeiras por partida. Kamil Soz, técnico do Fenerbahçe, escalou a coreana Kim Yeon Keong e a polonesa Berenika Okuniewsk.

Paula Pequeno foi relacionada, mas ficou no banco e sequer entrou no jogo.

Kim fez 20 pontos e liderou como de hábito o Fenerbahçe.

O resultado deixa o time ainda longe dos primeiros colocados. A equipe soma apenas 37 pontos em quarto lugar.

O Vakifbank lidera invicto com 55, seguido do Eczacibasi, de Sokolova, com 50. O Galatasaray, de Lo Bianco, tem 41 pontos.


Jefferson é vítima de injustiça dentro e fora de campo
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Bruno Voloch

Jefferson é hoje um dos 3 melhores goleiros do Brasil. Fato.

Muito se discute nomes, Felipão pode e deve ter suas preferências, mas deixar Jefferson de fora é um grande absurdo.

Diego Cavalieri merece respeito, é um ótimo profissional e talvez esteja no mesmo nível de Jefferson, mas não melhor.

Cássio não vive boa fase e Júlio Cesar voltou a falhar na Inglaterra.

Por essas e outras não dá para entender a ausência do goleiro do Botafogo.

Jefferson ainda está sendo vítima e pode ser denunciado pelos tribunais por causa do desenho que fez na cabeça na partida contra o Flamengo. Isso não existe.

Que crime o goleiro cometeu ?

Nenhum.

O tribunal não tem nada mais importante para denunciar ou jugar ?

Deveria nos poupar.

Embora tenha estudado direito por 3 anos e entenda razoavelmente das leis do esporte, não sou advogado de defesa de Jefferson e quem me acompanha sabe que não tenho o costume de defender a, b ou c. Mas nesse caso me rendo.

Jefferson deve manter o corte da ‘prosperidade’.

Pago para ver se o tribunal terá coragem de punir o Botafogo ou o goleiro.


Em 20 minutos, time de guerreiros vira time sem vergonha
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Bruno Voloch

Curioso o comportamento dos torcida do Fluminense no Engenhão.

O time foi para o vestiário ganhando de 1 a 0 e aplaudido pelos quase 13 mil torcedores que fora ao estádio. Por sinal, público decepcionante para um jogo de libertadores.

Mas essa é outra questão.

O segundo tempo da equipe não foi tão brilhante como os 45 minutos iniciais, mas mesmo assim o Fluminense se fartou de perder gols, especialmente com Thiago Neves.

A máxima do esporte prevaleceu e o Huachipato, time de baixa qualidade técnica, empatou aos 25 minutos.

Deco deixava o campo para a entrada de Wagner e os gritos das arquibancadas eram ainda de incentivo e de ‘time de guerreiros’.

20 minutos depois, quando Germán Delfino, árbitro argentino, encerrou o jogo o som era diferente no Engenhão e talvez inimaginável para o atual campeão carioca e brasileiro.

Os jogadores deixaram o campo sob vaias e ‘time sem vergonha’.

Afinal, 20 minutos são suficientes para transformar o time de guerreiros em sem vergonha ?