Simples explicar a derrota de Osasco.

Na partida da terceira rodada diante do São Caeatano, o time já não tinha jogado bem e abusou dos erros. Mesmo assim, diante da fragilidade técnica da equipe do ABC, venceu.

Me rendo.

Escrevi que os jogos contra Pinheiros e Rio do Sul não seriam ameaças para Osasco se repetisse a dose. Ledo engano.

O Pinheiros provou que minha tese estava errada e as expectativas não se confirmaram. Que bom. O esporte vive disso.

Não vejo problema nenhum em admitir e dar méritos ao Pinheiros, que diga-se de passagem, havia perdido por 3 a 0 para o Rio na rodada passada, evidenciando a superioridade carioca atualmente.

Osasco pagou caro pela falta de interesse na partida e displicência. E não foi uma derrota qualquer.

O Pinheiros sobrou em quadra e a linha de passe campeã brasileira fez vergonha.

11 pontos de saque.

São números dignos de jogos envolvendo grandes e pequenos. Mas dessa vez, o grande foi o Pinheiros.

É inadmissível um time com as qualidades técnicas de Osasco levar 11 pontos de saque.

Seria injusto destacar somente uma jogadora no Pinheiros. Humilde e comprometido taticamente, o conjunto chamou atenção.

Ellen e Andreia pontuaram mais. Wagão praticamente não alterou o time nos 4 sets. Não foi preciso.

Mesmo quando perdeu o terceiro set, o Pinheiros continuou com o controle da partida.

Fernanda Garay fez a parte dela por Osasco. 17 pontos, raça, vibração e determinação. Mas não dá para jogar sozinha. Thaísa rendeu bem, só que Jaqueline jogou muito abaixo do que estamos acostumados e sem ela a coisa aperta para Osasco.

Sheilla, para variar, foi uma negação. Atuação para ser esquecida. Por sinal, a oposta segue devendo desde que foi contrada. Sheilla conseguiu fazer 3 pontos.

Isso mesmo, foram 3 pontos enquanto esteve em quadra.

Era óbvio que seria substituída. Acabou merecidamente no banco e não voltou mais. Nem poderia.

Ivna ajudou e jogando praticamente o mesmo tempo que Sheilla fez quase o triplo de pontos da companheira.

Fabíola foi contagiada pelo dia ruim, mas não dá para culpar somente a levantadora de Osasco pelo fiasco diante da torcida.

A jogadora porém não anda com a mão calibrada e dificilmente acerta o tempo de bola de Sheilla.

Foi uma dura lição para Osasco.

O segundo lugar continua ameaçado. A Unilever abre frente.

Osasco abusou do direito de errar contra São Caetano e não respeitou como deveria o Pinheiros. Pagou caro.

Caro também está pagando Sheilla.

Maior salário do clube, chegou para resolver, mas está distante de ser a solução para os problemas de Osasco. Como disse anteriormente, falta foco, concentração no trabalho e Sheilla está vivendo do nome.

Pela bola que (não) anda jogando, é uma incoerência ser titular.