Spencer Lee, técnico do Praia Clube, ainda não acusou o golpe.

Se sentiu, procura não demonstrar, no que faz ele muito bem. É necessário valorizar o grupo de jogadoras.

O treinador foi político e disse em poucas palavras que 'Herrera vai fazer falta'.

Óbvio que sim.

Herrera é a maior pontuadora da competição e a jogadora mais importante do time.

Diferente do que está sendo dito, não acredito que possa jogar as finais da superliga.

Seria injusto desmerecer o trabalho das demais atletas.

Michelle e Monique Pavão fazem uma ótima superliga, amadureceram e são plenamente confiáveis.

A central Angelica é uma das boas revelações. Dani Scott tem experiência e Mayhara pode ser uma boa alternativa.

Juliana Carrijo, já disse em outras ocasiões, tem enorme potencial. É uma levantadora corajosa, pensa rápido e tem uma boa visão de jogo.

Arlene é uma líbero de altíssimo nível e não fica atrás das principais do país.

Um dos pontos fortes do Praia Clube sempre foi o conjunto. Dayse deve entrar na vaga de Herrera, mas certamente não terá o mesmo rendimento da cubana. É certo que vai sentir a pressão e a cobrança.

Seria incoerente deixar de admitir que sem Herrera a equipe perde força e consistência no ataque.

É cedo, mas acho improvável que sem a cubana, o time consiga se manter entre os 3 primeiros.

Campinas representa o maior perigo para o Praia Clube.

A distância para o Sesi é razoável.

Herrera, não custa lembrar, foi a maior pontuadora da superliga na temporada passada vestindo a camisa do modesto time do Minas. Ela marcou mais de 430 pontos.

O Praia Clube precisa se agarrar ao histórico e a evolução na competição. Nas três últimas edições, ficou entre os oito melhores. Nas temporadas 2009/10 e 2010/2011, terminou na 7ª colocação. Ano passado, ficou em 6º lugar.

Se souber trabalhar o lado emocional, mesmo com a possível ausência de Herrera até o fim da superliga, o Praia Clube tem tudo para chegar na semifinal pela primeira vez na história.

Diante do atual cenário, será motivo de muita comemoração.