Curioso esse Botafogo.

A vitória contra o Figueirense foi merecida e o time quase não foi ameaçado. Embora tenha recuado no segundo tempo e sofrido uma leve pressão, o Botafogo soube controlar a partida e ganhou com relativa facilidade.

Importante destacar a ótima fase dos volantes Gabriel e Jadson, a personalidade do jovem zagueiro Dória e a disposição de Seedorf.

Ninguém porém supera o garoto Bruno Mendes. Esse menino é mesmo estrelado.

É cedo ainda para afirmar que será a solução para o ataque do Botafogo e a falta de gols, mas é inegável que com a entrade de  Bruno Mendes o time reencontrou o caminho do gol.

Oswaldo de Oliveira tem razão nas declarações.

É preciso saber trabalhar a cabeça dessa jovem promessa e controlar a euforia. Bruno tem apenas 18 anos e um longo caminho no esporte.

Trata-se de um jogador inteligente, aparentemente acima da média, de toque refinado, pensa rápido e não tem medo do drible e das conclusões.

A carência na posição era grande. O torcedor sofria ao ver Rafael Marques como titular.

Mas nem tudo é festa no Botafogo.

Virtualmente rebaixado para a série B, o Figueirense deve devolver Loco Abreu ao Botafogo. Uma cláusula permite  a rescisão do  contrato em caso de rebaixamento.  Se cair para a segunda divisão, o uruguaio irá desembarcar no Rio de Janeiro em 2013.

Loco pode voltar, mas chegará sem moral com a comissão técnica. Dispensado pelo próprio Oswaldo de Oliveira no meio da temporada, Loco Abreu nem no banco de reservas estava sendo aproveitado no Figueirense.

O Botafogo será obrigado a receber Loco e terá a dura missão de tentar valorizar um jogador sem mercado e em baixa.

Restam 6 jogos para o fim da temporada e matematicamente ainda é possível o Botafogo se classificar para a libertadores. O torcedor, talvez contagiado pelas últimas vitórias, sonha com essa possibilidade, mas não deveria.

O histórico do Botafogo não permite. O time vai apenas cumprir tabela até o fim da competição.

O time jogará, como de hábito, a Sul-Americana em 2013, competição que costuma desprezar e jamais encarou com a seriedade necessária.