Seleção lembra o passado, tem atuação de ‘gente grande’ e ganha moral na Olimpíada
Bruno Voloch
O mais otimista torcedor brasileiro não poderia imaginar uma vitória de 3 a 0 sobre a Rússia.
Acho muito complicado que os jogadores ou alguém da comissão técnica pensasse em algo semelhante. Aconteceu.
Simplesmente aconteceu.
Um resultado como esse dá moral, traz de volta o prestígio e acima de tudo o respeito. Mostra que a seleção brasileira está viva.
O Brasil foi agressivo do início ao fim do jogo, esteve concentrado, não aceitou provocações e ganhou com sobras. Sobrou tanto quanto no jogo contra a Tunísia. Incrível.
É bem verdade que a Rússia abusou dos erros. Um set inteiro de graça. Desespero em tirar o passe das mãos do levantador brasileiro.
A exibição diante dos russos nos enche de esperança, mas não podemos achar que a olimpíada terminou. Falta muito, como bem disse Bernardinho. Mas foi um grande passo.
O Brasil precisa pensar um jogo por vez. Esse é o segredo.
Quando dá tudo certo, não existe espaço para as dores ou reclamações.
Se Dante tem mesmo problema no joelho, como o próprio treinador admitiu, ninguém viu. Murilo suportou bem as dores no ombro e foi o maior pontuador.
Bruno parecia ‘dopado’. Dopado de vontade de ganhar, de energia e contagiou os companheiros.
O Brasil teve postura acima de tudo.
Lucão foi fundamental no fim do terceiro set.
A realidade entre Brasil e Rússia não é essa. O segundo set talvez serve como lição e não podemos nos iludir.
O grupo é experiente e vai saber administrar tamanha euforia.
A seleção estava devendo uma atuação de ‘gente grande’ e gastou a bola. Finalmente.