Fim de superliga e as atenções se concentram na seleção brasileira. A masculina já está em Londres, a feminina terá que conquistar o pré-plímpico da América do Sul. Curiosamente, essa não é a principal preocupação do técnico José Roberto Guimarães. Embora respeite os adversários, o treinador reconhece o favoritismo do Brasil. A cabeça está na Olimpíada. Nesse papo com o blog, José Roberto Guimarães deixa claro sua preocupação com Mari, diz que reza pela recuperação de Natália, fala abertamente da briga das levantadoras, comenta do projeto em Campinas e evita falar de seleção masculina.

 

A Fernanda sempre esteve nos meus planos. É uma jogadora muito corajosa, de raciocínio rápido e extremamente abusada. Gosto dela.

 

Sim, claro que vai. Pode ser que ela não jogue a pré-olímpico porque conhece pouco o grupo ainda. Mas é certo que ela estará na Polônia na primeira etapa do Grand Prix. Não tenha dúvida que a Fernanda terá as chances de provar o valor, caso contrário, não seria chamada.

 

Treinando. Ninguém tem lugar garantido. A Fabíola e a Dani terão que remar.

 

Prefiro não comentar sobre isso, mas as jogadoras do Osasco pelo menos chegaram bem.

 

Olha, a Mari precisa de ajuda. É uma jogadora diferenciada, craque de bola, mas que não vive um bom momento. Mas estou aqui para ajudá-la. Preciso dela na seleção brasileira, mas quero a Mari campeã olímpica e não a Mari da Copa do Mundo. Vamos ajudar e trabalhar para dar todo o apoio que ela necessita. A Mari tem que querer ser ajudada.

 

 

Não só nas pontas. Vai sobreviver quem for mais versátil. A Jaqueline é um bom exemplo. Tem talento, fez uma boa superliga e entendeu que uma jogadora não vive somente de derrubar bolas. A Jaqueline defende, passe, ajuda no bloqueio, ou seja, é muito importante se estiver com esse espírito.

 

 

É inegável que a Camila Brait sobe de produção a cada temporada. Vai estar no Grand Prix e posso dizer que ela tem 50% de chances de jogar a Olimpíada. A Fabi tem uma história, respeito das meninas, mas a Camila chegou pelo menos no mesmo nível. Isso é ótimo para o treinador.

 

 

Nem me fale. Essa é outra preocupação que tenho. Rezo todos os dias pela Natália. Ela é hoje a jogadora mais importante da seleção, justamente pela versatilidade. Pode ser ponta, oposta, está passando, defendendo e tomara Deus que esteja na olimpíada.

 

 

Estamos trabalhando para isso, mas não posso dizer. Ela está fazendo toda a parte defensiva normalmente. Dia 7 será examinada de novo e minha esperança é que ela possa jogar as finais do Grand Prix. Deve começar a fazer trabalho de salto em um mês.

 

Calma. A posssibilidade é muito grande e se isso acontecer, o Paulo Coco será meu assistente.

 

A Suelen é uma ótima líbero, uma das mais habilidosas do Brasil. Passa e defende muito. Só precisa se cuidar e diminuir o peso. Isso certamente acontecerá, posso garantir. A Natasha tem grande futuro e a Priscila também esteve na seleção de novos em 2011. Trabalho em cima de renovação, sempre. 

 

 

Sim. Por eles chego só em dezembro. Eu não fui para o exterior por causa de dinheiro. Fui para observar de perto algumas jogadoras que iremos enfrentar na olimpíada. Tive várias propostas do vôlei brasileiro no mesmo nível. Volto porque preciso estar ao lado da minha família nesse momento. O projeto ajudou na minha decisão.

 

 

Sim, foi maravilhoso conviver com a Sokolova, a Logan e a Kim. O pessoal se assustou quando eu disse para contratar essa jogadora. Sabia o que estava fazendo. No mundo, ela é disparada a melhor jogadora na posição 4. Não existe outra.

 

 

Sim, mas ela tem uma proposta milionária do Azerbaijão. A Logan deve ficar na Turquia e a Sokolova na Rússia.

 

 

Vamos esperar, mas estamos de olho no mercado. 

 

É indiferente, um adversário como outro qualquer. Faz parte do jogo.

 

Não é problema meu, mas preferi convocar 3 jogadores para a posição.