Blog do Bruno Voloch

Arquivo : dezembro 2011

Serginho ganha moral, supera desavença com Bernardinho e “salva” seleção com prêmio na Copa do Mundo
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Bruno Voloch

Bernardinho terá que aguentar Serginho pelo menos até a Olimpíada.

Após o sério desentendimento durante o jogo contra a Argentina, onde foi peitado e xingado pelo líbero, Serginho mostrou ao treinador que segue sendo imprescindível ao time.

A coisa ja virou rotina.

Toda competição de alto nível, Serginho, líbero da seleção, termina premiado.

Na Copa do Mundo do Japão não foi diferente.

O jogador “salvou” a seleção e foi o único representante brasileiro entre os melhores do torneio.

Serginho ganhou o prêmio de melhor recepção da Copa do Mundo.

Itália, Rússia, Polônia, Cuba, Argentina e até China e Egito, tiveram seus representantes.

O Argentino De Cecco foi eleito melhor levantador. Hernadez, de Cuba, foi o maior pontuiador. O egípcio Abdelhay ganhou a indicação de principal atacante da Copa do Mundo e Savani, da Italia, venceu como principal sacador do torneio.

O polonês Mozdzonek faturou o prêmio de melhor bloquedor e Qi, da China, melhor líbero.

O russo Mikhaylov foi eleito o MVP da Copa do Mundo.


Após passar 2011 em branco, filosofia da seleção masculina será mantida
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Bruno Voloch

Foi no limite.

Termina a Copa do Mundo e o Brasil consegue a vaga para a Olimpíada de Londres no limite e nos critérios de desempate contra uma surpreendente e equilibrada Itália.

A seleção chegou como favorita mas só garantiu a classificação na última rodada.

Não dá nem para menosprezar o Japão, adversário final, até porque sofremos para vencer a China. Portanto não havia tanta certeza assim de que passaríamos sem problemas pelos japoneses. Passamos.

3 derrotas em 11 jogos e a pior colocação na Copa do Mundo desde que Bernardinho assumiu o comando da seleção.

Na leitura dos otimistas, é preciso comemorar a classificação.

Na visão dos pessimistas, a campanha foi abaixo da média e o Brasil ficou devendo.

Para os realistas, 2011 está indo embora e não deixa saudades. A seleção passou 2011 em branco.

Perdemos a Liga Mundial e a Copa do Mundo. O Brasil era o atual campeão da Liga e bicampeão da Copa do Mundo. Ficou tudo no passado.

Os otimistas de plantão irão lembrar do Sul-Americano e do Pan de Guadalajara. Prefiro honestamente nem defender essa causa.

Foi um ano de brigas, indefinições e muito entra e sai.

2011 termina e não sabemos ou não temos ainda um levantador pronto. Bruno, Marlon e Rapha de fora. Até quando, Bernardinho ?

Bruno foi solução contra a Polônia, assim como Marlon resolveu alguns joguinhos na Liga Mundial. O filme é o mesmo. Um começa como titular, o outro termina no banco e vice-versa. Temos dois, mas ao mesmo tempo, não temos nenhum.

2011 foi um ano marcado pelos desentendimentos entre Giba e Bernardinho, Serginho e Bernardinho e um ano em que Murilo não foi nem sombra do melhor do mundo em 2010.

Por que segue como intocável ?

Pelo passe ?

Bernardinho irá conseguir controlar a vaidade de Giba e Dante que se alternam como titulares ?

Mas foi o ano da afirmação de Sidão e Lucão, inquestionáveis como centrais.

Por sinal, não seria a hora de pensar em Éder ?

O que fizeram ou fazem Gustavo e o ‘senador’ Rodrigão na seleção ?

Alguém pode explicar ?

E na saída de rede ?

Vissoto salvou a pátria na posição e Bernardinho, após descartá-lo ao fim da Liga Mundial, teve que recorrer ao jogador do Cuneo para jogar a Copa do Mundo.

Théo é um bom jogador, mas não esperem que ele possa ser o Andre Nascimento de anos atrás. Wallace muito menos. Théo tem pretígio e foi indicado por Bernardinho para o time do Rio de Janeiro, ou seja, tem vaga certa na seleção.

Nada mudará na seleção até Londres. Não é aposta, é certeza.

Toda e qualquer reformulação só acontecerá depois da olimpíada.


Bruno sai do banco e vira herói por um jogo; Bernardinho tinha a solução e não sabia
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Bruno Voloch

A vitória dramática diante da Polônia nos deixa algumas constatações.

Não somos mais tão superiores aos adversários como no passado e considerados ‘imbatíveis’. A diferença caiu e muito.

O vôlei do Brasil talvez não seja mais o melhor do mundo e alguns jogadores estão jogando bem abaixo do que podem.

Só a comissão técnica poderia explicar as razões e sinceramente não creio que Bernardinho e cia admitam isso publicamente. Mas é fato e os recentes resultados provam a dura realidade..

O Brasil deve confirmar a vaga diante do Japão, vai deixar a Copa do Mundo cheio de interrogações e saíremos de uma competição ainda sem ter um levantador confiável.

Fica nítido a cada competição que Marlon e Bruno não são confiáveis, se revezam e estão inseguros com tantas mudanças e cobranças.

Bruno ajudou contra Polônia, entrou bem e mudou o astral da seleção. Isso foi óbvio. Mas é duro depender da alegria e dos bloqueios de Bruno para vencer e alterar o panorama de um jogo. O entra e sai, que me lembra Dani Lins e Fabíola, não chega a ser nenhuma novidade e Marlon cansou de ‘mudar partidas’ e deixar Bruno no banco.

Verdade seja dita:

Bruno Rezende contagiou os companheiros, pulou, vibrou, incentivou e até bola jogou a partir do terceiro set.

Incrível, mas até quando ?

Bernardinho tinha a solução em casa e não sabia. Como pode ?

Se Bruno estava com esse astral todo deveria ter entrado antes e começado a Copa do Mundo como titular.

O treinador preferiu Marlon e o japa, como é carinhosamente chamado pelo grupo, parece não ter vingado. Mas não é culpa do japa e sim do entra e sai na posição.

No fundo, acho que nem Bernardinho sabe que é o titular e o melhor para a seleção.   

Você por exemplo, saberia dizer quem começará o jogo contra o Japão ?

Evidente que não e a claro que seguimos com um ‘buraco’ na posição.

Os altos e baixos e a instabilidade de alguns jogadores continuam, caso específico de Giba. Dessa vez, foi ele o sacrificado. Dante entrou no segundo set e não saiu mais. Fez 8 pontos no jogo inteiro, mesma pontuação de Giba enquanto esteve em quadra, ou seja, Dante não fez a diferença como muitos imaginam.

Quem fez a diferança foi Leandro Vissoto. Nosso oposto brilhou e se não estivesse inspirado, o Brasil teria perdido o jogo. Nem a ‘contagiante’ alegria de Bruno resolveria. 

O bloqueio da seleção foi mais eficiente nos 5 sets. Fizemos o dobro de pontos, 14 contra 7, mas sofremos para deter o fortíssimo Bartman.

Esse Brasil ‘imprevisível’, vence Rússia e Polônia, os únicos garantidos classificados antecipadamente, perde para Itália, Cuba, Sérvia e sofre para bater a fraca China.

Ironias à parte, de atual bicampeão, o Brasil terá que se contentar no máximo com a terceira posição, pior classificação na Copa do Mundo, desde que Bernardinho assumiu a seleção.


Rússia derrota Japão, assume liderança e fica a um passo da vaga para a Olimpíada
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Bruno Voloch

A Rússia está aproveitando bem o convite feito pela FIVB, Federação Internacional de Vôlei . Como ficou de fora da decisão do campeonato europeu, a Rússia só está jogando a Copa do Mundo por ter sido convidada.

Itália e Sérvia foram os finalistas do europeu de 2011.

Pela quarta e última fase da Copa do Mundo, a Rússia, atual campeã da Liga Mundial, derrotou o Japão e assumiu a liderança do torneio com 24 pontos, mesma pontuação da Polônia.

O jogo durou pouco mais de uma hora e terminou com as parciais de 25/23, 25/16 e 25/23. Mikhaylov foi o maior pontuador com com 19 pontos.

A Rússia fez 12 pontos de bloqueio, 5 de Volkov, contra apenas 3 do Japão.

Os russos precisam de apenas mais 1 ponto nas duas partidas restantes contra Irã, sábado, e Polônia, no domingo.

Polônia, Rússia, Brasil e Itália disputam 3 vagas para os jogos olímpicos de Londres.


Na véspera da “decisão”, Ricardo Gomes decide participar da preleção para os jogadores do Vasco
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Bruno Voloch

A reação inesperada e surpreendente da torcida do Vasco não mexeu somente com os jogadores do Vasco.

Mesmo distante dos fatos, Ricardo Gomes, técnico da equipe, também ficou emocionado com a atitude dos torcedores. Após a eliminação na Copa Sul-Americana, quase 200 pessoas foram ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro manifestar apoio ao time.

Eufórico e como forma de retribuição ao carinho que vem recebendo desde o dia 28 de agosto, data em que sofreu o AVC, Ricardo Gomes resolveu que irá participar da preleção para os jogadores antes da partida contra o Flamengo. O técnico não vai ao Engenhão, mas conversará com o grupo no hotel onde o Vasco vai se concentrar na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A idéia é jantar no sábado ou almoçar domingo com os atletas.

Ricardo Gomes tem usado esse ritual como forma de motivar os jogadores. O técnico visitou os comandados antes das partidas contra o Universitário do Peru e os clássicos contra Botafogo e Fluminense.

Se o Vasco for campeão no domingo, Ricardo Gomes pode aparecer na festa de premiação dos melhores do campeonato que será promovida pela CBF no dia 5, segunda-feira, em São Paulo. Ricardo Gomes concorre ao prêmio de melhor treinador.


Jogadores da seleção vestem a camisa da Polônia, sofrem, mas comemoram derrota da Itália
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Bruno Voloch

Não depender dos próprios resultados para atingir os objetivos é novidade para os jogadores da seleção masculina.

Mas foi dessa forma que o Brasil entrou em quadra para enfrentar o Irã pela última fase da Copa do Mundo. A tranquila e esperada vitória por 3 a 0, deixou o Brasil em terceiro lugar com 19 pontos, mas era preciso ainda esperar o resultado de Polônia e Itália para confirmar a posição.

O grupo então foi torcer pelos polonenses e sofreu.

A Itália, com autoridade, abriu 2 a 0 com 25/17 e 25/20 e deu impressão que venceria com relativa tranquilidade a Polônia. 

A Polônia equilibrou o jogo e fechou o terceiro set por 25/23. Era pouco ainda.

O Brasil necessitava que a Itália perdesse mais um set e foi o que aconteceu. A Polônia fez 25/21 e o resultado já tirava os italianos do terceiro lugar. Mas foi ainda melhor. O tie-break foi vencido pelos poloneses por 15/12.

A Itália somou 1 ponto e foi aos 18. O Brasil tem 19 e a Polônia, com 24 pontos, carimbou o passaporte para Londres-2012.

Na próxima rodada a seleção brasileira enfrenta a Polônia já classificada, o que em tese, pode tornar as coisas mais tranquilas para o Brasil.