Foi indiscutível a superioridade da seleção brasileira durante o Pan-Americano.

5 jogos, 5 vitórias e apenas 3 sets perdidos. Bernardinho não mandou à Guadalajara o time B à toa. Sabia que mesmo com um time recheado de reservas, conquistar a competição. Aconteceu naturalmente.

Independente da fragilidade de adversários como Canadá, Porto Rico e os desfalques dos Estados Unidos e da Argentina, o Brasil, assim como no feminino, fez seu papel e cumpriu com dignidade a participação no Pan-Americano.

Cuba, diga-se de passagem, se arrastou na competição e chegou para lutar pela medalha de ouro com os jogadores desgastados fisicamente. Cuba venceu a maioria dos jogos no tie-break. Me arrisco a dizer que se o adversário fosse o México encontraríamos mais dificuldades.

Para a seleção masculina, que nos acostumou com vitórias e títulos, é sempre assim.

Ganhar, independente de atuar com time A ou B, é obrigação, perder, significa fracasso. Não deveria ser, mas o melhor time do mundo, ainda, paga esse preço. 

Pouca gente irá lembrar que jogamos contra o time completo de Cuba e do outro lado estava o time vice-campeão do mundo. Essa situação precisa ser valorizada. 

Seria injusto elogiar individualmente qualquer atleta diante da deficiência técnica dos adversários. Foi o Pan-Americano mais tranquilo dos últimos tempos e vencemos com sobra.

Na decisão, 'matamos' o jogo no primeiro set com 25/11, placar de pelada. Apesar de ganhar o segundo set, Cuba não foi páreo para o Brasil em nenhum momento da partida.

A seleção B, reforçada de Bruno e Gustavo e com gente rodada como Thiago Alves e Éder, fez bonito e nos deu novamente a satisfação de ver o Brasil finalmente no lugar mais alto do pódio, algo raro em 2011.

O Brasil venceu jogando simples, mas sem deixar de ser ousado quando se fez necessário.