Blog do Bruno Voloch

Arquivo : março 2011

Saída de Muricy provoca racha político no Fluminense; clube pode perder patrocinador
Comentários Comente

Bruno Voloch

A crise pode estar apenas começando no Fluminense.

Celso Barros, presidente da Unimed, empresa patrocinadora do clube, não aprovou a saída de Muricy. Celso, segundo o próprio treinador, lutou pela sua permanência até o fim, mas não conseguiu convencer o técnico.

A demissão de Alcides Antunes também não agradou ao dirigente tricolor. Alcides era o profissional de confiança de Celso Barros e o responsável pela ligação com o futebol do Fluminense.

Visivelmente contrariado, Celso confidenciou aos amigos mais próximos que Unimed poderia deixar de patrocinar o clube se não fosse mais consultado.

O Fluminense pretende anunciar o quanto antes o nome do novo treinador.

A tarefa porém não será fácil. O nome de Abel Braga é o preferido do presidente Peter Siemsen.

O Fluminense esbarra no mesmo problema que impediu o treinador de aceitar propostas de outras equipes brasileiras no passado. A multa para deixar o Al-Jazira dos Emirados Árabes é de US$ 2 milhões. Abel Braga tem contrato com o clube até maio de 2011.

O nome de Renato Gaúcho, hoje no Grêmio, tem o aval de Celso Barros.


CBV usou bom senso e após os tristes episódios, Vôlei Futuro tem obrigação de vencer o Macaé
Comentários Comente

Bruno Voloch

Absolutamente sensata a decisão da CBV.

O campeonato não poderia continuar e seria incoerente realizar as duas rodadas restantes antes de conhecer o resultado do jogo entre Macaé e Vôlei Futuro.

Confesso que fiquei temeroso e achei que os responsáveis seguiriam esse caminho.

Bernardinho, Luizomar, Paulo Coco e até Jarbas Ferreira seriam os maiores prejudicados com Rio, Osasco, Pinheiros e Minas. A partida interessa diretamente a todos os times citados e deixar Macaé e Vôlei Futuro para ser jogado após a nona rodada daria margem a possíveis armações e interesses em resultados ou escolhas de adversários nos playoffs.

Melhor assim ou melhor, menos mal assim.

O bom senso na realização do jogo prevaleceu, mas o profisionalismo passou longe dessa gente.

Macaé e Vôlei Futuro jogam hoje, dizem os dirigentes, mas não se sabe ainda o local e o horário. Pode isso ?

Pode. O pobre do torcedor, sempre ele coitado, que arrume uma maneira de se informar. 

O clima para esse jogo não é bom, pelo contrário. As declarações de William Carvalho de que sua equipe vencerá com quadra limpa ou suja não foram muito bem recebidas pelo Macaé. O time do norte fluminense luta ainda pelo quinto lugar com chances reais de ficar à frente do Minas na tabela. Para o modesto Macaé, seria uma espécie de conquista.

Diante do que foi dito, falado e comentado, o Vôlei Futuro tem obrigação de vencer por 3 a 0, entrar no ônibus e voltar para Araçatuba com o terceiro lugar garantido na bagagem.


Muricy Ramalho já foi procurado e tem proposta oficial do Santos
Comentários Comente

Bruno Voloch

Se depender do Santos, Muricy Ramalho deve ficar pouco tempo desempregado.

O clube fez ainda na quinta-feira, através do presidente Luis Álvaro Ribeiro, uma proposta oficial ao empresário do treinador, Marcio Rivellino. Assim que soube que o treinador deixaria o cargo após o jogo contra o Flamengo, Luis Álvaro ‘correu’ atrás de Rivellino.

Por questões éticas, as partes envolvidas podem não admitir abertamente, mas a conversa entre os dois já aconteceu.

Muricy teria pedido uma semana ao presidente para resolver problemas particulares, tratar da mudança, mas foi muito receptivo ao convite. 

Em julho de 2009, o Santos esteve perto de acertar com Muricy Ramalho para substituir na ocasião Vagner Mancini.


William Carvalho, técnico do Vôlei Futuro, comanda comédia pastelão em Macaé
Comentários Comente

Bruno Voloch

Uma vergonha.

O que foi aquilo em Macaé ?

Não entendo como pode uma superliga que se diz profissional apresentar um ginásio com o piso naquelas condições.

Todos os profissionais envolvidos no jogo foram expostos ao ridículo, desde a emissora que detém os direitos de transmissão do evento até as jogadoras.

Pobre do delegado da partida, Carlos Alberto.

Levou dedo na cara do treinador William Carvalho, um dos protagonistas do espetáculo, estava sem ação, não tinha iniciativa e só tomou alguma atitude após conversar com o gerente da superliga, Sérgio Negrão.

Como ex-técnico, Sérgio deveria saber melhor do que o coitado do delegado, que a partida não poderia ser realizada. Não por imposição do dono da verdade, William, mas sim porque as jogadoras iriam se recusar a jogar. Elas sabiam do risco que estariam correndo e da humilhação que seriam obrigadas a passar caso aceitassem compactuar com esse absurdo.

Aquele aquecimento de rede foi horroroso com as jogadoras visivelmente se poupando. Fizeram muito bem. Aliás, foram longe até demais. O aquecimento não era necessário diante da decisão que elas já tinham tomado em conjunto.  

Ana Cristina e Luiza, capitãs das equipes, simplesmente comunicaram ao primeiro árbitro o que todos já sabiam e muitos insistiam em não querer entender.   

O responsável ?

Bem o presidente do Macaé, Rogério de Oliveira, nos deve explicações, sem dúvida. Será que ele só foi informado das condições da quadra na hora em quem chegou ao ginásio ?

Lógico que não.

Logo o Macaé. Time revalação do campeonato e que poderia fazer uma partida de igual para igual com o Vôlei Futuro.  

Não tiro a razão do treinador William quando ele diz que faltou um plano B. Mas esse plano B não existe nem em Macaé, talvez não exista em Araçatuba e em vários outras cidades do Brasil.

William deveria perder a mania de se sentir o perseguido, manter a humildade e deixar de querer ser o centro das atenções. Com tantos anos de estrada, ele ainda não entendeu que as críticas podem existir e querendo ou não será obrigado a conviver com elas.

Quando as pessoas procuravam achar uma solução para o piso, eis que William aparece querendo brigar com um torcedor do Macaé. Isso é exemplo que se dê ?

Novamente querendo ganhar no grito ? E logo Araçatuba, recordista de confusão na superliga. Sinceramente, não me parece o time ideal para ditar normas e regras.

A imagem com dedo em riste do delegado da partida, na teoria autoridade máxima no ginásio, foi deprimente. William tinha razão em não querer jogo, mas sua atitude para cima do pobre delegado é inaceitável. William perde a razão.

Após o fictício aquecimento, na preleção ‘mentirosa’ William provoca o adversário e sem um pingo de humildade diz que seu time vai ganhar seja na quadra seca ou molhada, porque é muito melhor. Ele deve mesmo sempre acreditar no seu grupo e passar confiança para as jogadoras, mas existem maneiras diferentes de se motivas um time. Essa é a dele.

Tomara que ele esteja preparado para aguentar a presão, ou melhor, que pressão ?

Esqueci que no Vôlei Futuro não existe pressão por títulos. Mas então para que tanto nervosismo se é irrelevante ser campeão ?

Não dá para entender, William. 

A superliga definitivamente não merecia um domingo como esse. Um domingo de comédia tipo pastelão em Macaé com direito a jogo cancelado por causa do piso.


Dispensado pelo Pinheiros, Marcelinho dá a volta por cima e conquista Copa da Europa pelo Sisley Treviso
Comentários Comente

Bruno Voloch

Há pouco mais de dois meses, Marcelinho foi dispensado pelo Pinheiros no início da superliga.

Marcelinho, medalha de prata com a seleção brasileira na olimpíada de Pequim em 2008, disse na ocasião que não entendia os motivos da sua dispensa. Mas com certeza, não foi por deficiência técnica. 

Nesse fim de semana, enquanto seu ex-time amargava mais uma derrota na competição, Marcelinho vivia momentos completamente opostos na europa.

O Sisley Treviso, equipe do levantador brasileiro, conquistou a Copa da Europa ao derrotar fora de casa o Zaksa Kedsierzyn-Kozle da Polônia por 3 sets 1. Na partida de ida em Treviso, o Sisley havia sido derrotado por 3 a 2.

Pelo regulamento da competição, a decisão aconteceu no golden set e o Sisley Treviso venceu o set extra por 15/11. O time conquistou pela quinta vez a Copa da Europa. 

O último título do Sisley tinha sido em 2003.


Humilde, William foi fundamental na vitória do Vôlei Futuro. Bernardinho dessa vez, errou
Comentários Comente

Bruno Voloch

O duelo entre William e Bernardinho foi uma atração à parte no jogo entre Rio e Vôlei Futuro.

Os dois dizem se respeitar, conviveram juntos por anos na seleção, mas a rivalidade jamais deixou de existir. É pura demagogia dizer o contrário.

William e Bernardinho vivem papéis opostos hoje em dia. Um é consagrado, tido como intocável e colecionador de títulos. O outro ainda busca seu espaço, já venceu o adversário em decisão, mas ainda é uma incógnita e longe de ser uma referência.

Se perdeu o jogo de ida em casa, William deu o troco no Rio. Sua postura de acompanhar o jogo ao lado da quadra, ponto a ponto com as jogadoras e não deixando Bernardinho apitar o jogo foi decisiva. William bateu boca com Bernardinho, com a arbitragem, mas se impôs. Parou o jogo sempre na hora certa, passou tranquilidade para as jogadoras e foi sutíl com Ana Cristina.

O trabalho da comissão técnica de Araçatuba foi perfeito. As jogadoras tinham tudo decorado do Rio e cumpriram à risca todo o planejamento tático acertado e treinado na semana.   

No fim do jogo, ‘humilde’ e com uma pitada de ironia, William se rendeu à Bernardinho. Disse ser ‘uma honra’ poder vencê-lo e que são grandes amigos.

Tá bom.

São amigos da mesma forma que William não brigou com Paula Pequeno. Aliás, soube que William disse que não brigou com Paula Pequeno e que foi maldade de quem ‘inventou’ essa história.

Pois é. Somos cegos então.

Admita, caro William, com a mesma ‘humildade’ que reverenciou Bernardinho, o que todos viram e presenciaram diante das câmeras de televisão. Naquela partida contra o Mackenzie, não foi uma simples discussão de jogo. 

William deveria aproveitar esse raro momento de vitória contra um grande para enaltecer as qualidades de seu time ao invés de ficar fazendo papel de bom moço e desmentir o que se tornou público e notório. 

Cuidado, eterno capitão.   

E Bernardinho ?

Bem, tem dia que nem ele consegue dar jeito. Mas Bernardinho errou. Demorou demais para perceber que Dani Lins estava completamente fora de jogo. Jogou dois sets com Dani e insistiu boa parte do terceiro set com a jogadora. Quando colocou Roberta foi tarde demais. Mesmo assim com a presença de Roberta, o Rio ainda esboçou uma pequena reação no terceiro set.

Bernardinho não conseguiu fazer o time entender que Mari precisava jogar também e que Sheilla estava sobrecarregada. Rifou cedo demais Regiane e as centrais pareciam perdidas.

Entendo a irritação dele com a arbitragem horrorosa do tal de Anderson Caçador. A CBV se superou dessa vez e o ótimo Josebel Palmerin nos deve explicações. Cara sem critério, inseguro e medroso.

Nada porém que possa justificar o resultado negativo do Rio. O tal caçador errou para os dois lados.  

Bernardinho novamente não deu entrevistas após a partida alegando que precisava respirar. Seria apenas falta de ar mesmo ?

Já escrevi diversas vezes e repito. Quando perde, dificilmente Bernardinho fala com a imprensa e não entendo os motivos, embora desconfie.


Vôlei Futuro não teve folga e trocou a folia por trabalho. Deu certo. Rio não viu a cor da bola.
Comentários Comente

Bruno Voloch

Nem o mais otimista torcedor do Vôlei Futuro poderia prever algo semelhante.

Ganhar do líder Rio por 3 a 0 e no Maracanãzinho era uma situação inimaginável, mas aconteceu.

O Vôlei Futuro finalmente teve uma atuação digna de time grande e venceu com méritos por 3 a 0. 

Esse resultado positivo diante do Rio teve início antes do carnaval. Diferente das jogadoras cariocas, o Vôlei Futuro não deu folga para as atletas que treinaram todos os dias de carnaval.

Não posso afirmar que esse fato tenha sido determinante para a vitória, mas certamente teve uma contribuição enorme. E o time tinha mesmo que treinar. Estava devendo faz tempo uma atuação convincente.

Vencer os dois primeiros colocados em sequência motiva as jogadoras e dá confiança ao grupo que é tido como problemático e desacreditado por muitos, inclusive por mim.

Internamente dizem extamente o contrário. Afirmam que o ambiente é o melhor possível e que nunca existiu crise. Imagine.  

Sinceramente, não acho que o Vôlei Futuro seja favorito para vencer a superliga depois dessas vitórias. O Rio segue favorito e o Vôlei Futuro ainda uma equipe imprevisível. Não duvido nada que tenha dificuldades para vencer o Macaé ou que perca a partida. 

William tinha que tomar uma atitude e no mínimo fazer prevalecer o profissionalismo. Parece ter conseguido. Parece. Mas como a equipe não tem obrigação de conquistar o título, segundo os próprios dirigentes, a pressão em cima das atletas é relativa.

Discordo. O Vôlei Futuro investiu e foi montado para ser campeão e tem no papel time para isso.

Contra o Rio destaco mais uma vez o belo jogo de Ana Cristina e a eficiência e a regularidade de Fabiana no ataque e principalmente no saque. Seria injusto não citar a boa participação de Paula no bloqueio em determinadas passagens de rede.

Sykora ganhou o duelo com Fabi. Seus passes foram todos A e a líbero norte-americana defendeu como de hábito. É disparada a melhor do mundo na função.

Tandara e Joycinha mantiveram o nível de suas companheiras e não sentiram a suposta pressão que o Rio imaginou que poderia acontecer com o Vôlei Futuro.

Até Andressa, outra central, conseguiu virar suas bolas.

Taticamente, o time teve uma atuação que beirou a perfeição. 

O Vôlei Futuro deixou para cair na folia e fazer a festa depois da quarta-feira de cinzas. O Rio assistiu de camarote o desfile das escolas de samba, mas não viu o bloco de Araçatuba passar.

O Vôlei Futuro no entanto não deve se iludir. O time teve uma noite de Beija- Flor, mas o presente ainda tem cara de escolas menos credenciadas.


Após tragédia no Japão, jogadores da seleção confirmam cancelamento da V-League
Comentários Comente

Bruno Voloch

3 atletas brasileiros atuam no vôlei do Japão: Elisângela, Fernanda Garay e Théo.

Théo, campeão mundial com a seleção ano passado na Itália, fez questão de tranquilizar os familiares. O jogador mora em Osaka, distante de Sendai, e disse não ter sido afetado. Théo mora no Japão desde 2009 e relatou já ter passado por situações complicadas em Osaka:

“Onde moro já senti a terra tremer por 3 vezes. O primeiro terremoto eu não esqueço, mas vou seguir minha vida normalmente por aqui e não vejo motivo para deixar o Japão”.

Théo joga pelo Suntory Sunbirds.

Fernanda Garay defende o NEC com sede em Tóquio. A jogadora estava na cidade de Okayama onde disputaria uma partida pela V-League. Através do Facebook, Fernanda mandou seu recado:

“Estou bem dentro do possível. A coisa foi muito feia e os jogos foram todos cancelados.”  

Fernanda lembrou ainda que já passou por uma situação parecida quando estava com a seleção:

“Foram 15 segundos, coisa leve. Quando vim para o Japão sabia dos riscos, mas jamais poderia imaginar algo assim”.


Dínamo Moscou de Dante está no Final Four da Champions League
Comentários Comente

Bruno Voloch

O Dínamo de Moscou do brasileiro Dante está no Final Four da Champions League.

A classificação foi alcançada de forma dramática.

Jogando fora de casa contra o Cuneo, atual campeão da Copa Itália, o Dínamo perdeu o jogo por 3 a 1 com parciais de 22/25, 25/23, 17/25 e 17/25.

Como havia vencido a partida de ida pelo mesmo placar, o jogo foi decidido no golden set. No set desempate, o Dínamo ganhou por 15 a 11 e se classificou para o Final Four.

Dante esteve em quadra os 5 sets e marcou 13 pontos.

Na semifinal, o Dínamo vai enfrentar o Zenit Kazan também da Rússia. Trentino da Itália e Jastrzebski da Polônia disputam a outra vaga. No Trentino atuam os brasileiros Rapha e Riad.

O Final Four acontecerá entre os dias 27 e 28 de março na cidade de Bolzano na Itália.

O Dínamo é o atual vice-campeão europeu. O time perdeu a decisão justamente para o Trentino na temporada 2009/2010.


Botafogo planeja ‘trocar’ Renato Cajá por Marcelo Mattos
Comentários Comente

Bruno Voloch

Longe de ser uma unanimidade no Botafogo, Renato Cajá foi negociado para o Guangzhou da China.

Embora não tenha ainda um substituto para Renato, o Botafogo já sabe como ‘aplicar’ o dinheiro da venda do jogador.

A prioridade da diretoria é Marcelo Mattos. O clube deve apresentar nos próximos dias uma proposta oficial ao Panathinaikos da Grécia, clube que detém os direitos federativos do jogador.

O empréstimo do volante termina no meio do ano, mas a idéia dos dirigentes é resolver a questão antes de junho.