Blog do Bruno Voloch

Arquivo : fevereiro 2011

Estava escrito que o Botafogo perderia nos pênaltis
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Bruno Voloch

Márcio Rosário, Everton, Somália e Renato Cajá.

A lista dos 4 primeiros batedores do Botafogo não era das mais animadoras.

Começar a decisão com o melhor batedor ou deixá-lo para o fim ?

Loco Abreu era o último, porém nem teve chance de fazer sua cobrança.

A história dessa decisão por pênaltis passa pelo segundo tempo do clássico. Com Herrera apático em campo, Joel Santana otpou pela entrada de Caio no ataque. O Botafogo perdia naquele momento um de seus principais cobradores. Aliás, segundo Joel, o batedor oficial caso acontecesse um pênalti no jogo.

Arevalo saiu cansado no fim da partida. Foi susbtituído por Araruama. O uruguaio seria também um dos cobradores.

Não dá para culpar Joel Santana. Qualquer um tiraria Herrera do jogo. O argentino jogou uma péssima partida e não teria muito sentido deixar o jogador em campo apenas para contar com ele nas eventuais cobranças de pênaltis. Ainda tinha muito jogo pela frente e Herrera estava completamente anulado pela zaga do Flamengo.

O caso de Arevalo é diferente. Ele saiu por problemas físicos e teoricamente não teria pernas para chutar um dos pênaltis.

Os dois fizeram falta ?

Óbvio que sim. Everton pareceu tremer diante do ex-clube e os chutes de Somália e Renato Cajá foram ridículos.

Eles perderam ou Felipe defendeu ?

Fico com a primeira hipótese. O goleiro tem seus méritos, mas Somália bateu no meio do gol.

No caso de Everton não, Felipe fez bonita defesa.

Na primeira cobrança do Flamengo estava escrito que o Botafogo perderia. Jefferson foi no canto certo e quase pegou o pênalti de Léo Moura. Quase.

Era dia de Flamengo. 

A demora na escolha dos batedores do Boatafogo e a expressão de preocupação de Joel antes dos pênaltis eram pequenos sintomas de que o Flamengo venceria nos pênaltis.

Venceu e com sobras.

Não dá para num time grande, 3 dos 4 batedores desperdiçarem suas cobranças.

Pênalti faz tempo que não é loteria. Os melhores podem até errar, afinal quantos exemplos temos no mundo de craques que erraram.

Mas dessa vez, o Botafogo não teve nem a chance de colocar os melhores para cobrar. O resultado não poderia mesmo ser diferente.


Deu empate entre Joel Santana e Vanderlei Luxemburgo
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Bruno Voloch

Foram dois tempos distintos na semifinal da Taça GB.

O primeiro foi ruim e fraco tecnicamente. O Flamengo achou o gol numa bela antecipação de Ronaldo Angelim. O esquema de Joel com 3 volantes deixava de funcionar a partir daquele momento. O 1 a 0 saiu barato para o Botafogo. Jefferson brilhou novamente e esteve perfeito quando exigido.

O Botafogo voltou diferente na etapa final e em pouco tempo a entrada de Everton surtiu efeito. Loco Abreu empatou e o time criou mais chances que o Flamengo. O Botafogo foi mais ousado e se tivesse um pouco mais de capricho nas finalizações poderia ter virado o jogo.

Vanderlei Luxembrugo fez entrar o veloz e promissor Negueba. O Flamengo não só equilibrou o jogo como fez Arevalo deixar a partida exausto de correr atrás do atacante rubro-negro.

Os minutos finais do clássico foram emocionantes e o empate acabou sendo justo pelo que as duas equipes fizeram nos 90 minutos.

Joel foi extremamente defensivo e cauteloso na escalação inicial. Acertou o time no intervalo e durante o segundo tempo. Vanderlei viu sua equipe abrir 1 a 0, voltar dominada e foi inteligente colocando Negueba nos últimos 20 minutos.

Os técnicos não cobram pênaltis. Deixaram o Engenhão empatados.


Muricy errou, Fluminense caiu e não pode responsabilizar Conca
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Bruno Voloch

O Boavista pode ter tido seus méritos na classificação inédita para a decisão da Taça Guananabara. Mas a vaga chegou com uma bela ajuda de Muricy Ramalho.

O Fluminense, com vantagem no placar, voltou para o segundo desfigurado. Sem Fred lesionado, Muricy colocou Souza na equipe e deixou Rafael Moura isolado na frente.

Muricy quis garantir o resultado. O treinador tinha dois atacantes de origem no banco, Rodriguinho e Araújo, e só resolveu colocar um deles quando sofreu o gol de empate.

Aliás, o que faz Araújo no Fluminense ?

Indicado por Muricy, o jogador é apenas a quarta opção ofensiva, isso sem contar com Emerson.    

Castigo. Não dá para querer segurar o resultado diante do Boavista, com todo respeito que a equipe de Saquarema merece.

O Fluminense pagou o preço de ter sido covarde.

Não acho justo responsabilizar Conca pela eliminação nos penaltis.

Não fosse Conca, o Fluminense não teria sido campeão brasileiro. Aliás, Conca ainda está sem ritmo de jogo e longe de ser o cara brilhante de 2010. Se não tivesse tanto prestígio com a comissão técnica, deveria ter sido substituído contra o Boavista.

Mas é craque e poderia ter decidido o jogo num lance. Não fez.

Reclamar da arbitragem me parece choro de perdedor e o Fluminense não precisa disso. Precisa sim se concentrar, recuperar Fred e derrotar o Nacional pela libertadores na quarta-feira.

Caso contrário …


Bernardinho não teve sensibilidade, frustrou a torcida e decepcionou Mari
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Bruno Voloch

O que era para ser uma festa acabou virando uma grande frustração.

Posso garantir que 90% dos torcedores que foram ao Maracanãzinho assistir Rio e Minas, prestigiaram a partida muito mais pela possibilidade de ver Mari jogando novamente do que pelo jogo em si.

Pois bem. Boa parte da torcida deixou o ginásio decepcionada e com inteira razão.

O Rio ganhou o jogo com muita tranquilidade e não foi ameaçado em nenhum momento pelo Minas nos 3 sets. As parciais de 25/14, 25/18 e 25/21 refletem o desequilíbrio do jogo que foi resolvido em pouco mais de uma hora.

Bernardinho não tinha obrigação de colocar Mari em quadra, mas vamos admitir que faltou sensibilidade ao treinador. Não faria a menor diferença Mari entrar para sacar ou fazer uma passagem no fundo de quadra.

Se estava no banco é sinal de que estava apta a jogar, ou seja, poderia ser usada normalmente.

Bernardinho pode se defender e alegar que o time estava jogando bem, de fato estava, mas a presença de Mari definitivamente não iria influenciar no resultado do jogo.

Erraram na estratégia. Feio.

Embora tenha dito que matou as saudades e só o fato de estar em quadra, no banco, tenha sido maravilhoso, a própria Mari deixou o ginásio decepcionada. E não era para menos.

Criou-se uma expectativa enorme para ver Mari novamente em ação. Como não gosta de dividir as atenções, Bernardinho manteve sua linha e conduta de trabalho.

Ninguém discute as qualidades profissionais do treinador, a boa campanha com o Rio e o favoritismo ao título. Não houve sensibilidade e não sei se estaria exagerando se dissesse que faltou respeito de Bernardinho com Mari e os torcedores.

Alguém acha que a comissão técnica do Rio seria irresponsável de relacionar Mari sem condição de jogo ?

Nunca. Aliás, a comissão não, Bernardinho. Toda e qualquer decisão passar por ele sem a participação de coadjuvantes.

O blog recebeu muitos comentários, a maioria deles impublicáveis sobre o assunto. Devo dizer que estou de acordo com esses torcedores, mas não mudaria uma vírgula do blog se não soubesse da insatisfação dos mesmos.

O time não pode jogar em função de uma jogadora e nem o planejamento tático ser alterado por causa da volta de Mari. Também concordo. Mari porém, merecia mais respeito e um pouco de sensibilidade não faz mal a ninguém, especialmente se esse alguém sabe como poucos ‘manipular’ os holofotes.


Volta Redonda jogou como nunca e perdeu com sempre por 3 a 2
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Bruno Voloch

Não foi dessa vez, ainda.

Se tem um time na superliga que precisa aprender a jogar o tie-break, esse time é o Volta Redonda.

A derrota para o Sesi foi a terceira seguida da equipe no quinto set. Antes o time havia sido derrotado pelo Vôlei Futuro e Campinas nas mesmas condições.

Contra o forte Sesi a história se repetiu. O Volta Redonda fez um ótimo jogo, atual aparentemente de igual para igual contra o vice-líder e um dos favorítos ao título, mas caiu no quinto set.

Único representante do estado do Rio de Janeiro, Volta Redonda não tem mais chances de classificação. Mas o desempenho do time nos últimos jogos é motivo de orgulho para a cidade.

Contra o Sesi, quase duas mil pessoas lotaram o ginásio poliesportivo e por muito pouco não assisitiram uma vitória do time. Resultado esse que seria inédito para o clube.

Como dizem, o Volta Redonda diante do Sesi jogo como nunca e perdeu como sempre. Faz sentido. É a dura realidade.

Mas os jogadores não devem desanimar e lembrar que no sábado jogarão contra o Pinheiros. Se jogarem com a mesma aplicação tática e disposição, pode ser que finalmente o Volta Redonda quebre esse tabu. O adversário é o ideal.


Pinheiros enxerga fantasma da eliminação cada vez mais perto
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Bruno Voloch

Sem chances de classificação para a segunda fase da superliga, o Sogipa tinha apenas 5 vitórias em 20 jogos quando entrou em quadra para jogar contra o Pinheiros.

Mas hoje em dia enfrentar o Pinheiros para os chamados ‘pequenos, significa ter a oportunidade de ganhar de um grande. Com o Sogipa a história não foi diferente.

Diante de pouco mais de 700 torcedores, o time gaúcho venceu por 3 sets a 2 e alcançou a sexta vitória na competição.

O Pinheiros sofreu sua décima derrota na superliga e começa a ver mais de perto o fantasma da eliminação ainda na fase inicial da superliga.

A partir da oitava rodada serão 3 vagas para 5 times. Pinheiros, Vôlei Futuro, Londrina, Campinas e São Bernardo. A diferença entre o Pinheiros e o São Bernardo é de apenas 4 pontos, enquanto Londrina tem dois jogos a menos que o Pinheiros.

A questão é que o Pinheiros terá ainda o confronto direto com Campinas e Londrina, esse na última rodada. Pode ser um bom sinal, desde que o time vença essas partidas.

Na derrota para o Sogipa, o Pinheiros foi novamente inconstante e sofreu com o desgaste físico e emocional de sempre ter que correr atrás do placar. O entra e sai dos levantadores Murilo e Vinhedo tem prejudicado o time. Mauro Grasso precisa definir o quanto antes quem é o titular e rezar para que Giba possa retornar ao time ainda na fase de classificação.

Caso contrário, o que era uma simples ameaça, pode se tornar realidade. Ser eliminado na primeira fase representaria uma crise sem precedentes no vôlei masculino do clube.    

Derrotar o Volta Redonda sábado fora de casa virou orbigação para o Pinheiros.


Em meio à crise no Treviso, Marcelinho já recebeu 50% do contrato
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Bruno Voloch

A temporada 2010/2011 não está sendo fácil para Marcelinho.

Depois de ter sido dispensado pelo Pinheiros no fim do ano passado, o jogador acertou sua transferência para o Sisley Treviso da Itália.

Marcelinho fez um acordo financeiro com o patrocinador do clube paulista e foi liberado para jogar na europa.

Segundo o blog apurou,   ex-levantador da seleção já recebeu 50% do valor do contrato. O compromisso de Marcelinho com o Treviso vai até o fim de maio.


Crise na Itália: Treviso perde patrocinador e tem futuro incerto
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Bruno Voloch

O Sisley Treviso, uma das mais tradicionais equipes do mundo, pode estar com os dias contatos.

A Benetton, patrocinadora do clube, comunicou ao gerente de vôlei, Pasquale Gravina, que não vai renovar o patrocínio. 

Gravina é ex-jogador da seleção e um dos mais antigos funcionários do clube.

O Treviso é um dos mais tradicionais times do vôlei mundial e ganhou 9 vezes o campeonato italiano.

Recentemente a equipe contratou o levantador brasileiro Marcelinho que tinha sido dispensado pelo Pinheiros. Alessandro Fei é o grande ídolo dos torcedores.

O Treviso ocupa a quarta colocação no campeonato. O líder é o Trentino dos brasileiros Rapha e Riad.


17 de fevereiro não é aniversário de Mari, mas é dia de comemoração no vôlei
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Bruno Voloch

17 de fevereiro de 2011.

A superliga ganha uma de suas principais estrelas: Mari 

A jogadora está relacionada para a partida do Rio contra o Minas e deve finalmente pegar em bola oficialmente após 5 meses.

Se perdemos um ídolo no início da semana, ganhamos outro de volta. Guardadas as devidas proporções e o respeito entre Ronaldo, Mari, Futebol, vôlei e o que ambos representam no mundo do esporte, não há como negar a falta que Mari faz.

Não conheço no meio do vôlei alguém que não goste dela. Humilde, atenciosa, irreverente, Mari não é nada daquilo que costuma passar durante as partidas. A frieza e o jeito tímido são características vistas apenas quando a bola está rolando. Fora de quadra, Mari é outra. Uma mulher de fibra, cheia de virtudes e um ótimo ser humano.

Teria o imenso prazer e poderia aqui ficar enumerando as outras qualidades de Mari. Persistente, Mari é um exemplo de profissionalismo.

O blog deseja sorte e muito sucesso para Mari diante do Minas e em seu possível retorno ao vôlei nesse jogo contra o Minas. O blog sabe da importância e do que Mari representa para o esporte. 

Quem se dedica ao esporte, sabe o quanto foi ruim ficar sem ela.  

Nessas horas temos que agradecer Rolândia, pequena cidade do estado do Paraná. Ainda bem que o vôlei era a única opção para a prática do esporte. E como esquecer de dona Gisela, grande incentivadora da filha e que teve o orgulho de ver a filha brilhar já aos 14 anos em Londrina.

Mari comemora aniversário em 23 de agosto. Mas tenho convicção de que a data de hoje,  17 de fevereiro, será tão importante quanto o 23 de agosto.


Valorizado, Joel morde e assopra Botafogo
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Bruno Voloch

Experiente, maduro e rodado no futebol, o vitorioso Joel Santanda deixa claro em cada declaração que  sua saída do Botafogo é apenas questão de tempo.

Qual a necessidade de tocar nesse assunto justamente na semana decisiva da Taça Guanabara e perto da semifinal contra o Flamengo ?

Nenhuma.

Joel não precisa disso. Joel está e é valorizado pelo que fez e conquistou na carreira, especialmente no futebol carioca.

Joel foi ético ao extremo negando propostas de vários clubes durante esses 13 meses que está no comando do Botafogo.

Não entendi sinceramente os motivos para voltar ao assunto da permanência no clube se o seu contrato vai até o fim desse ano. Tudo bem que existe uma cláusula que permite as partes romperem amigavelmente o acordo em maio, mas estamos fevereiro ainda, ou seja, cedo demais.

Joel parece que faz questão do tema.

Repito que não existe essa necessidade de ficar se valorizando, caro Joel.

Os recentes problemas de relacionamento com Loco Abreu e Caio claro que pesam nessa hora de definir o futuro. Enquanto ‘ameaça’, Joel também elogia e diz que tem ótima relação com a torcida e a direção do Botafogo. De fato é verdade.

Ele afirma que não teria o menor problema em continuar no clube, mas que uma conversa em maio seria determinante para sua continuidade. Acho a idéia válida, o errado é falar disso abertamente na semana do jogo mais importante do ano e justamente contra o Flamengo.