Blog do Bruno Voloch

Arquivo : novembro 2014

Até breve !
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Bruno Voloch

Tudo na vida tem começo, meio e fim.

A vida oferece algumas escolhas e são raríssimos aqueles que podem escolher o caminho que irão seguir.

Nos 26 anos de carreira, fui diretor de jornalismo da Rádio Bradesco Esportes FM no Rio de Janeiro e do canal Bandsports. Comentarista da Bandnews FM e do Jornal do Rio/Band. Idealizei o programa “Supervolley” no Sportv/Globo onde atuei ainda como repórter e apresentador por mais de 10 anos.

Colunista do Extra/O Globo e Jornal do Brasil.

Tive o privilégio de estar em 5 Copas do Mundo e 5 Olimpíadas.

O casamento com o Uol durou 8 anos. Período de ótima convivência e aprendizado, sem abrir mão da independência jornalística.

Notícias exclusivas da modalidade e furos que renderam inúmeras capas do site.

Audiência respondida e comprovada nos números.

Sei que as portas estão abertas. Agradeço a parceira e especialmente Alexandre Gimenez, responsável pela minha contratação.

Novos projetos estão chegando e me fizeram enxergar ser essa a melhor decisão.

Breve dou notícias.


Hábil também com as palavras
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Bruno Voloch

A tarefa de São Caetano não é fácil.

O time terá que derrotar Osasco fora de casa e forçar o golden set. Para ser campeão será preciso também vencer o set desempate.

Carol, levantadora do time, conversou com o blog e falou sobre a atual fase da equipe:

‘Eu acredito que já não é de hoje que o São Cristóvão Saúde/São Caetano vem sendo mais respeitado dentro do cenário do voleibol brasileiro. As equipes estão se preparando melhor para jogar contra a gente, pois estamos evoluindo a cada temporada’.

A jogadora enalteceu o trabalho da comissão técnica:

‘Os resultados acontecem em função do bom trabalho do Hairton e da comissão. Isso sem falar na dedicação de todas atletas’.

Diferente do que muitos imaginam, eliminar o Sesi não foi tão surpreendente para Carol:

‘Encaro isso com muita naturalidade, pois nossa equipe foi pra cima desde o começo e isso aconteceria com qualquer time que estivesse do outro lado. Independente de qualquer investimento, encaramos o Sesi de igual para igual e acreditamos até o fim que poderíamos vencer. E aconteceu’.

Perto de completar 22 anos, a levantadora, firme nas respostas, falou ainda da pressão que os atletas são obrigados a conviver desde o início da carreira:

‘A questão não é gostar ou não de jogar com pressão. Para mim, no nosso esporte, convivemos com a pressão constantemente no dia-a-dia, então temos que aprender a lidar com a cobrança exigidas de nós atletas, fazendo parte do nosso amadurecimento e superação durante a carreira’.

Carol tem 1,78m e mostra sabedoria. Reconhece suas limitações para sobreviver no vôlei atualmente:

‘Por não ter tanta altura, preciso compensar e me dedicar em fundamentos e aspectos físicos que fazem a diferença, como a velocidade de perna, melhor impulsão de salto, saque e defesa’.

No fim, faz questão de enaltecer:

‘Acredito que principalmente agora, depois do paulista, o respeito pelo nosso time será ainda maior’.


Adeus vira até breve
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Bruno Voloch

Durou 4 meses a aposentadoria de Taismary Aguero.

Em julho desse ano, a jogadora anunciou ‘oficialmente’ que estava deixando o esporte. A decisão estava tomada.

A atleta rescindiu contrato na ocasião com o Casalmaggiore.

Cansada, admitiu que precisa cuidar da família e dar atenção especial ao filho.

Pediu dispensa e abriu mão de jogar o mundial pela seleção italiana.

Pois bem.

De julho até novembro curiosamente tudo mudou.

A jogadora aceitou o convite e assinou com o Forli, também da Itália.

Aguero joga no país desde 2001,está com 37 anos e é bicampeã olímpica. Foi medalha de ouro nas olimpíadas de 1996 e 2000.

A aposentadoria está adiada.

 

 

 


Ética zero
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Bruno Voloch

Os métodos de trabalho e a conduta profissional no Sesi realmente são altamente questionáveis.

O blog recebeu informações de que o Montanaro, gerente de esportes do clube, obrigou o jogador Mão a pedir demissão.

O atleta, orientado juridicamente, se recusou e acabou sendo dispensado pelo Sesi.

Tiago Gatiboni, conhecido como Mão, fez parte do grupo vice-campeão paulista e foi inclusive relacionado para o último jogo do time na Superliga.

Agora não pode defender outra equipe na competição.

Mão tem 25 anos e estava no Sesi desde 2012.

O caminho assim está aberto para a contratação de Maurício Borges. O anúncio oficial acontecerá em breve.

O jogador iria atuar pelo Fakel, da Rússia. Problemas financeiros fizeram o clube russo desistir do negócio.

Maurício é um antigo sonho de consumo do Sesi. Na temporada passada o acerto não saiu por pequenos detalhes.

A nova cirurgia de Murilo foi determinante para a chegada do ponteiro.

Maurício foi vice-campeão mundial com a seleção brasileira na Polônia.

 

 

 


Velha máxima
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Bruno Voloch

Difícil.

Muito difícil encontrar hoje no vôlei feminino uma jogadora como Thaísa.

Não me refiro especificamente a parte técnica.

Se Thaísa é imprescindível na seleção brasileira, que dirá no clube.

É o tipo da atleta que sobra na turma.

A personalidade dela chama atenção. Não conheço perfil semelhante no Brasil. Nem de longe.

Thaísa é diferente simplesmente porque fala o que pensa, algo raríssimo hoje em dia.

Os gritos, desde que não direcionados, fazem parte do jogo, afinal ninguém joga calado e se houve xingamento é aquela velha máxima:

Toda ação tem uma reação.

Os gestos de Thaísa e Mara são absolutamente normais, ainda mais tratando-se de uma decisão de campeonato com ginásio cheio.

A torcida do São Caetano claro que ‘comprou a briga’ e tentou desestabilizar Thaísa. Ficou na tentativa.

Fria e concentrada, a jogadora cresceu de produção e curiosamente decidiu o jogo no saque.

Bicampeã olímpica, Thaísa mostrou humildade.

Disse que Osasco ainda não ganhou nada e que a decisão está aberta.

É verdade.

 


Mão na taça
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Bruno Voloch

Osasco confirmou o favoritismo.

O atual bicampeão paulista fez 3 a 0 no São Caetano e abriu vantagem na decisão. Uma vitória simples na quarta-feira será suficiente para o time comemorar o tri.

O São Caetano, usando a linguagem do futebol, terá que vencer no tempo normal e na prorrogação, ou seja, golden set.

Deu gosto ver o ginásio Lauro Gomes cheio novamente.

A boa presença do público porém acabou assustando o time da casa.

Nitidamente nervoso e pressionado, o São Caetano foi facilmente batido no primeiro set. Perdeu de goleada.

Com os nervos no lugar, equilibrou as ações e fez dois sets mais equilibrados na sequência.

Osasco viu Carcaces fazer sua melhor partida desde que desembarcou no Brasil. A cubana não deu prejuízo no passe e teve ótimo aproveitamento no ataque.

Carcaces só não foi mais eficiente do que Thaísa.

A tradição e a experiência de Osasco pesaram para a virada do time no segundo set e nos momentos decisivos do terceiro.

São Caetano lutou.

São Caetano foi valente, mas não resistiu.

Osasco ganhou merecidamente e está com as mãos na taça.

 


Pensando grande
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Bruno Voloch

‘Quem não é visto, não é lembrado’.

O pensamento é de Mara, central do São Caetano, que disputa com Osasco o título paulista de 2014.

O time foi a grande surpresa do campeonato e eliminou o Sesi na semifinal vencendo as duas partidas por 3 a 2.

‘A sensação de ter vencido o Sesi foi muito gratificante porque treinamos pesado para ter esse resultado. Não acho que teve menosprezo por parte delas, pelo contrário, elas jogaram bem concentradas o tempo todo’.

Mara passou algumas temporadas no Rio de Janeiro. Trabalhou com Bernardinho e teve poucas oportunidades de ser titular. Hoje afirma:

‘Saí do Rexona porque quero ganhar meu espaço e ser conhecida pelo meu voleibol não pelo clube que jogo. Quem não é visto, não é lembrado’.

Aos 23 anos, a jogadora de 1,92m não esconde o sonho de um dia poder defender a seleção brasileira.

Mara porém tem os pés no chão:

Penso primeiro em jogar bem e ajudar o clube em que jogo. Seleção é consequência de um bom trabalho, mas se um dia eu for ficarei muito feliz’.

 

 


Reeleito
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Bruno Voloch

Ary Graça será presidente da FIVB ( Federação Internacional de Vôlei ) até 2024.

A decisão foi tomada no congresso realizado em Cagliari, na Itália.

O dirigente brasileiro conta com o apoio irrestrito das federações, vai ser reeleito em 2016 e ganhará mais 8 anos no cargo.

A FIVB definiu ainda que a partir da próxima eleição o presidente só poderá exercer no máximo dois mandatos.

O primeiro terá a duração de oito anos, enquanto no caso de reeleição, o mandatário deve permanecer no poder por mais quatro anos.

Na prática, se reeleito em 2016, conforme indica, Ary Graça permaneceria como presidente até 2024, quando terá 81 anos.

O artigo 2.1.4 do estatuto prevê 75 anos como idade limite para presidir a entidade, mas nesse caso específico a perda da função não é imediata e sim somente no final do mandato do presidente em exercício.


Zebra gaúcha em São Paulo
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Bruno Voloch

A derrota do Sesi dentro de casa para o Voleisul foi surpreendente. Uma autêntica zebra.

O time paulista perdeu de virada por 3 a 1 e ocupa apenas a modesta sétima posição na tabela.

Não se pode tirar os méritos do adversário e a partida consistente de Leandrão. O Sesi abusou dos erros. Foram 34 em 4 sets, números acima da média.

O Sesi, pelo elenco que possui, não pode ser descartado. Mas desde a perda do título paulista para o Taubaté o time ainda não se encontrou.

Marcos Pacheco terá trabalho para arrumar a casa.

Quem posa de líder é Maringá que fez 3 a 1 diante de Canoas e chegou aos 6 pontos.

De virada e com 19 pontos de Wallace, o Cruzeiro também foi aos 6 pontos ao bater Montes Claros por 3 a 1.

No jogo mais equilibrado da rodada, Taubaté abriu 2 a 0 contra Campinas, permitiu o empate e venceu no tie-break.

Jogo polêmico, arbitragem ruim.

O time de Cezar Douglas teve ótimo aproveitamento no bloqueio. 20 pontos. Partida marcada pela duelo dos opostos Wallace Martins e Lorena.

Taubaté soma 5 pontos e é terceiro. Campinas é quinto com 4 pontos e atrás do Minas.

 

 

 

 

 


Cara nova
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Bruno Voloch

O Congresso da FIVB, Federação Internacional de Vôlei, definiu mudanças nas regras do esporte para 2015.

A emissoras de televisão ganham mais força.

A TV pode exigir, independente da competição, diminuir os tempos técnicos. Ao invés de duas, apenas uma parada aconteceria.

Outra importante alteração diz respeito ao toque na rede. Se o atleta encostar na rede o árbitro irá considerar como infração.

A partir do ano que vem, 14 atletas poderão ser relacionados por partida.

Hoje o regulamento permite 12.

O Congresso foi um sucesso e aconteceu em Cagliari, na Itália. O evento contou com mais de 500 representantes das mais de 150 federações espalhadas pelo mundo.

A FIVB, dando exemplo de organização, aproveitou e divulgou as datas e seleções que vão jogar os grupos 2 e 3 do Grand Prix em 2015.

O grupo terá Polônia, Argentina, Canadá, Holanda, Porto Rico, Bulgária Croácia e República Tcheca.

As finais serão na Polônia.

A abertura será em 3 de julho.

Austrália, Argélia, Cazaquistão, Quênia, México, Colômbia, Cuba e Peru fazem parte do grupo 3. A rodada tem início em 26 de junho. As finais serão na Austrália.