Blog do Bruno Voloch

Talento mal aproveitado nas quadras

Bruno Voloch

Falo pouco de vôlei de praia. Admito.

Verdade seja dita.

Confesso que desde que Juliana, na época parceira de Larissa, se lesionou e ficou de fora dos jogos olímpicos de Pequim, perdi o gosto pela modalidade.

Juliana não merecia. Nem ela, nem Larissa.

Saudades dos tempos das inigualáveis Adriana Behar e Shelda. Do incansável e interminável Emanuel.

Atualmente o momento é de Talita, Larissa, Maria Elisa, Carol e Maria Clara, ainda que a praia não tenha a divulgação devida na mídia e esteja quase sempre em segundo plano.

Quantos tentaram repetir na praia o sucesso que obtiveram em quadra e ficaram pelo caminho embora dotados de talento.

Decidi voltar a falar de vôlei de praia por uma simples razão. Ela tem nome e sobrenome:

Fernanda Berti.

Menina promissora, de talento nato, batalhadora, de ótima índole e que teve poucas oportunidades na quadra.

Passou pelas seleções de base, adulta em 2005 e atuou na Coreia e na Itália.

Em 2012, após jogar pelo extinto Vôlei Futuro, arriscou. Foi corajosa e investiu na praia.

O retorno demorou, mas chegou.

No último fim de semana, em Haia, na Holanda, Fernanda Berti e a parceira Taiana conquistaram uma das etapas do circuito mundial.

Na final, venceram a dupla alemã Katrin Holtwick e Ilka Semm.

É muito bom ver alguém vencer no esporte sem apadrinhamento e apenas pelos seus próprios méritos.

Aos 29 anos e madura, Fernanda Berti é um raríssimo exemplo.