Blog do Bruno Voloch

Arquivo : março 2014

Sesi conta com mãozinha das levantadoras em jogo dos 9 erros
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Bruno Voloch

O jogo entre Sesi e Praia Clube não sairá tão cedo da memória de Juliana Carrijo.

A jovem e promissora levantadora de Uberlândia cometeu 6 erros de dois toques na bola em 4 sets, esteve insegura e contribuiu decisivamente para a derrota do time para o Sesi por 3 a 1 no primeiro jogo das quartas de final.

Laura, segunda opção de Spencer Lee, quando esteve em quadra, também abusou e cometeu a mesma infração em 3 oportunidades. Incríveis 9 erros no total.

É lógico que não da para depositar todo o insucesso na conta de Juliana, mas ela teve grande parcela de responsabilidade no revés do time. Isso sem contar os ataques e saques para fora, quase 20 se somados 4 sets.

A norte-americana Glass foi uma negação.

As gêmeas Monique e Michelle e a central Natália não comprometeram e foram as melhores do time mineiro. O Praia desperdiçou uma ótima chance de vencer fora. A equipe foi uma no primeiro set, que ainda assim teve os erros de Juliana, mas se perdeu completamente nas parciais seguintes. Sacou e bloqueou mais que o Sesi, mas perdeu no ataque e especialmente nos erros.

Mari apareceu pouco e Isabela foi uma grata surpresa.

O Sesi se beneficiou da insegurança das levantadoras e ganhou mesmo sem jogar bem.

A recepção paulista esteve instável como de costume. Fabiana e Ivna. para variar, decidiram a partida. Pri Daroit não pode ser banco para Dayse.

O confronto não está resolvido.

Nenhum dos dois times passa confiança.

A diferença a partir de agora é que o Praia entrará em quadra pressionado e sem chances de errar, caso contrario, se despede do campeonato no sábado, dia 29,


Na prática a teoria é outra
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Bruno Voloch

Sensível, objetiva e bem-humorada a declaração de Marcelinho, levantador do Minas.

‘Na prática a teoria é outra. Nem sempre o que preparamos, vai acontecer no jogo’.

O jogador se referia ao passeio que seu time acabava de levar do Cruzeiro na primeira partida das semifinais da superliga.

O Minas estudou, marcou as principais jogadas do rival, mas na prática, com a bola rolando, a coisa não funcionou.

Definição consciente, de extrema responsabilidade e enaltecendo o adversário. Não poderia ser diferente.

Marcelinho não se justificou, apenas deixou claro que além de sobrar em quadra, o Cruzeiro teve mais controle emocional. Como líder do time, tratou de levantar a cabeça e garantiu que irá cobrar o grupo e exigir uma postura diferente para o jogo de volta.

Ele tem razão.

O Minas pode até ser eliminado, o que naturalmente deve acontecer, mas tem obrigação de jogar mais.

Se a disparidade técnica não nos permite falar da partida, é um alívio saber que Marcelinho não pensa em se aposentar tão cedo. Aos 39 anos, o jogador não fica atrás de nenhum daqueles que hoje defendem a seleção brasileira e são as opções atuais de Bernardinho.

Cara simples, maduro e com incrível visão de jogo, Marcelinho foi reverenciado por William. Devolveu os elogios e confidenciou que o levantador do Cruzeiro e ex-companheiro de Suzano é o que o Brasil tem hoje de melhor para a posição. Pode ser.

Diante de tantos absurdos que somos obrigados a ouvir da boca de alguns jogadores, treinadores e dirigentes, o diálogo entre Marcelinho e William deixa claro que ainda existem jogadores diferenciados, que se respeitam e são humildes, algo cada vez mais raro no esporte.

Ainda dentro de quadra, existe pouca coisa para ser acrescentada. Não se trata de tirar os méritos do Cruzeiro, pelo contrário. A superioridade foi tamanha, que não nos permite nenhuma análise mais consistente. O Cruzeiro foi agressivo, dominou o Minas, ganhou de 3 a 0 sem sustos e foi melhor em todos os fundamentos.

A única certeza que fica é que se repetir o desempenho no sábado que vem, Marcelinho pode se preparar para entrar de férias.

 

 


Estrangeiras resolvem e salvam Rio contra o Pinheiros
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Bruno Voloch

Mihajlovic e Sarah Pavan resolveram e livraram o Rio de começar as quartas de final da superliga com derrota.

Diante do Pinheiros em São Paulo, o Rio foi novamente instável, abusou dos erros, sofreu na recepção e só não perdeu porque as duas atacantes estrangeiras desequilibraram no ataque.

Juciely voltou a jogar bem e teve bom aproveitamento no bloqueio.

O Pinheiros mostrou a garra habitual, fez do saque forçado a principal arma e sobreviveu até o quinto set graças ao talento de Ellen, Andreia e a surpreendente e eficaz Samara.

A partida, apesar de resolvida no tie-break, foi de baixo nível técnico e com índice de erros assustador.

Pesou no fim a tradição e a camisa do Rio que abriu grande vantagem no último set, oscilou, viveu de altos e baixos, mas controlou o apagão e fez 15/13.

A série parece aberta, mas é difícil acreditar que o Pinheiros possa vencer dois jogos seguidos e na casa do adversário.

 


Vitória em ritmo de treino
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Bruno Voloch

Vitória em ritmo de treino.

Assim foi Campinas 3 x 0 São Caetano.

Mesmo sem contar com Tandara, principal jogadora da equipe no campeonato, o time de Campinas passeou, não foi ameaçado e venceu o esforçado São Caetano sem dificuldades.

Era de se esperar um pouco mais de resistência por parte do São Caetano que pareceu tímido, assustado e conseguiu equilibrar um pouco apenas o início do segundo set. Depois acabou facilmente envolvido.

Rosamaria, substituta de Tandara, foi discreta, mas fez o suficiente para pontuar mais que Natália, ainda devendo e distante do ideal.

Walewska foi a maior pontuadora de Campinas e melhor em quadra.

Possivelmente com Tandara de volta, Campinas fecha a série na sexta-feira dia 28 em São Caetano.

 

 


Fernanda Garay pode trocar Fenerbahçe pelo Dínamo Krasnodar, da Rússia
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Bruno Voloch

Fernanda Garay pode trocar de time para a temporada 2014/15.

A jogadora, titular da seleção brasileira, é uma das atletas mais valorizadas na atualidade no cenário mundial e seu desempenho chama atenção dos principais clubes europeus.

O Dínamo Krasnodar, da Rússia, aparece como maior interessado em tirar Garay do Fenerbahçe, da Turquia. A jogadora tem contrato até maio.

A craque Sokolova e a cubana Rosir Calderón são os destaques do Dínamo.

A equipe é dirigida pelo holandês Avital Selinger e ocupa apenas a quarta colocação no campeonato nacional.

 


Tudo como dantes no quartel de Abrantes
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Bruno Voloch

O ranking divulgado pela CBV para a temporada 2014/15 não irá alterar em rigorosamente nada o cenário atual.

Se os jogadores perderam, como de hábito, alguns clubes se acovardaram e ficaram em cima do muro, ou seja, deixaram escapar a oportunidade de poder mudar os rumos da competição. Uma pena.

Praia, Minas, Sesi e o penetra Brasília votaram a favor da manutenção do sistema atual. Isso quer dizer que se disputarem a temporada que vem, irão assistir novamente as finais pela televisão e serão coadjuvantes.

Falta de ambição.

Para o Rio, que também votou a favor, é indiferente, pois sempre monta times fortes, aplica bem a verba e dificilmente fica de fora da briga pelo título.

Osasco, Campinas e São Caetano optaram por mudanças, ou tentativa de mudanças, mas foram vencidos pela maioria.

A ideia era limitar as atletas de 7 pontos e estrangeiras e deixar as demais com pontuação livre, o que aparentemente seria interessante. Não passou, óbvio.

No masculino, São Bernardo, Sesi e Canoas queriam mudar, mas esbarraram na maioria que preferiu o sistema atual. Bom principalmente para o Sada/Cruzeiro.

A CBV agiu bem, tirou da reta e de maneira proposital, expôs os votos de cada clube.

Acabar com o ranking era o ideal, mas a CBV não conseguiu fazer os clubes e seus representantes entenderam dessa forma. Lamentável.

Sendo assim, segue tudo como dantes no quartel de Abrantes.

Os pequenos serão novamente presas fáceis para os grandes. Ganha e chega quem tem mais dinheiro.

No feminino, os clubes só terão duas atletas de 7 pontos e não mais três e pontuação passa de 32 para 43.

Entre os homens, são 3 de 7 pontos e os números sobrem de 32 para 40. A limitação é de dois estrangeiros nas duas categorias.

A final em partida única, exigência da TV Globo, está mantida.

Confira quem é quem para 2014/15.

http://www.cbv.com.br/v1/superliga/arquivos/RANKING_OFICIAL_FEM_2014-2015_20-03-14.pdf

http://www.cbv.com.br/v1/superliga/arquivos/RANKING_OFICIAL_MASC_2014-2015_20-03-14.pdf

 

 

 


Rodinha 27 e descabelada consciente
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Bruno Voloch

A cena virou rotina e aconteceu novamente.

Fim de jogo.

Rodinha na quadra, jogadoras de Osasco pulando, sorridentes e comemorando mais uma vitória.

Foi a vigésima sétima seguida, conquistada sem esforço, de maneira tranquila e por 3 sets a 0 diante do penetra Brasília na abertura das quartas de final.

Osasco atuou em ritmo de treino. Luizomar aproveitou a fragilidade do adversário e usou as novas Marjorie e Talita, assim como Gabi no terceiro set.

Thaísa foi a melhor. Sanja impressionou negativamente na recepção.

Se a tarefa era ingrata ficou impossível para Brasília que abusou dos erros e cedeu 25 pontos para Osasco, ou seja, mais de 1 set.

Missão dada, missão cumprida.

Dia 27 é dia de mais rodinha, a vigésima oitava.

Sheilla, a ‘descabelada da vez’, brincadeira sadia feita pelas jogadoras para eleger a melhor em quadra, foi no ponto exato.

Osasco alcançou 27 vitórias seguidas e quebrou recorde antigo que pertencia ao extinto Leite Moça. A marca histórica é consequência do bom trabalho das jogadoras e da comissão, mas perde valor se Osasco não conquistar a Superliga, objetivo principal.

Colocação perfeita e digna de uma autêntica bicampeã olímpica.

Madura e absolutamente consciente.

 

 


‘Vista grossa’ da CBV revolta Paulo Roese, ex-jogador da seleção
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Bruno Voloch

Paulo Roese, ex-jogador da seleção brasileira, não se conforma.

A maneira como o Vôleisul/Paquetá foi eliminado da Superliga B, segunda divisão do vôlei nacional, deixou Roese indignado.

Segundo ele, a CBV infringiu o regulamento ao permitir que o Sada/Contagem escalasse dois atletas que já haviam atuado na Superliga A pelo Cruzeiro. Ambos voltaram para a disputa da Superliga B depois do prazo estipulado e atuaram normalmente.

Via Facebook, Paulo Roese, detonou a entidade:

‘ Voleibol, joguei dos 17 aos 37 anos , só em equipes legais , fui campeão Brasileiro 3 vezes , 4 vice , campeão Sul-Americano, quarto lugar em jogos olímpicos , ou seja , vivi bastante dentro do esporte , fiquei afastado por vários anos, mas como possuo 2 filhos no voleibol e por achar que o esporte esta sim e muito carente de pessoas que possam ajudar retornei, mas com muita sinceridade e tristeza , tá difícil, que desorganização, descaso, sem palavras para comentar o que esta acontecendo no momento do Voleibol, ACORDA CBV , estamos recomeçando um projeto “Bacana” com um patrocinador muito serio e forte “PAQUETA” , estavamos lutando e muito para classificar a equipe para a liga A, jogamos a primeira partida em Contagem , vencemos 3×1 , a segunda jogamos em Novo Hamburgo perdemos 3×2 , 15x 13, daí fomos a terceira partida e para a surpresa , toda a comissao técnica foi mudada e também alguns jogadores que estão jogando a liga A aparecem para jogar o jogo decisivo, CERTO, acho que temos que repensar , pergunto a decião sera no sábado, e sábado também terá jogo do Sada A contra o Minas eles vão poder jogar as duas partidas , ou seja , se investiu, treinou, ralou muito para tudo isto acontecer , o pior é que existe um regulamento , mas nesta entidade regulamento hoje não existe , ética e bom senso também, espero que estejam certos , pois, não é justo , não é choro de perdedor ,pois, pergunto se fosse ao contrario , o tão poderoso SADA ficaria quieto , tenho toda a certeza do mundo que não , mas não podemos ficar tão desamparados , o VOLEIBOL aqui do sul sempre foi sério e celeiro de grandes times e jogadores e não podemos ser tão desrespeitados , precisava desabafar , vi a ralaçao destes garotos, estão terminando com o sonho de muitos , sejamos justos , isto é certo , tenho na minha humilde opinião que não. ACORDA CBV , o voleibol é muito grande e respeitado no mundo todo para estar sendo guiado desta forma’.

Roese finalizou:

‘Este é sem dúvida o pior momento da CBV , mais uma trapalhada (palhaçada) , brincadeira , falar o  que, ou melhor, como explicar aos patrocinadores , ACORDA CBV’.

O Sada/Contagem eliminou o Paquetá em por 2 jogos a 1 e decide a Superliga B contra São José dos Campos.


CBV infringe regulamento e Superliga B está sob suspeita
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Bruno Voloch

A Superliga B, segunda divisão do vôlei nacional, pode parar nos tribunais.

O Paquetá, do Rio Grande do Sul, acusa o Sada/Contagem de ter infringido o regulamento com o aval da CBV. Segundo o clube gaúcho, o Sada teria escalado dois jogadores que atuaram pelo time que disputa a Superliga A no terceiro jogo das semifinais da Superliga B.

Pelo regulamento a data limite para atuar nas duas divisões seria 9 de março.

4 dias, em 13 de março, Kadu e Lucas Salim defenderam o Sada/Cruzeiro no jogo contra Maringá pelas quartas de final da primeira divisão.

No terceiro e decisivo jogo da semifinal da Superliga B, realizado em 18 de março, o Sada/Contagem venceu o Voleisul/Paquetá Esportes por 3 sets a 1, no ginásio do Riacho, e Kadu e Lucas participaram da partida.

A CBV sugeriu ao Paquetá que pagasse a taxa de R$ 8 mil para entrar com recurso e tentar anular o jogo via STJD.

O artigo 25, § 7º, diz que ‘somente até 09.03.14 os jogadores que disputassem jogos pela Superliga A poderiam retornar para disputarem jogos pela equipe na Superliga B’.

O time mineiro decide o título da segunda divisão contra São José dos Campos no fim de semana.

 

 


CBV propõe fim do ranking, clubes rejeitam e jogadores são ignorados
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Bruno Voloch

Acabar com o supertime de Osasco.

Esse é o principal objetivo dos representantes do Rio e de Campinas na elaboração e votação do ranking feminino para a temporada 2014/15.

O Sesi, teoricamente quarta força, ainda não definiu a cidade que irá representar, mas é também a favor da mudança.

A ideia é antiga e tem com meta enfraquecer Osasco.

O atual líder invicto da superliga resiste, se defende e insiste na tese de que jogadoras formadas na base do clube não sejam pontuadas.

A pontuação total por equipe foi um dos temos mais discutidos e não houve acordo entre Osasco, Campinas e Rio.

A tendência é de que a atleta estrangeira que venha jogar no Brasil pela primeira vez chegue valendo 5 pontos. As que estão no país há mais de 1 ano também serão pontuadas. Jogadora brasileira repatriada deve somar 3 pontos.

No masculino o cenário não é tão diferente. A hegemonia é questionada, mas com cautela e devem ser aceitos até 3 jogadores de 7 pontos por time.

No feminino, em função da guerra declarada ao Osasco, se exige duas jogadoras de 7 pontos.

Jogadores protestam através das redes sociais. O grito porém é em vão.

O torcedor e os apaixonados pelo esporte não devem se enganar.

É um enorme jogo de interesses onde curiosamente os jogadores, estrelas maiores, não opinam e prevalece a decisão dos dirigentes, supervisores e treinadores.

Jogar a culpa na CBV nesse caso é outro erro.

A entidade não define nada em relação ao ranking. Pelo contrário. Nesse caso agiu corretamente. A CBV propôs o fim do ranking e liberdade de escolha. Os clubes vetaram a proposta e exigiram os mesmos moldes.

A responsabilidade portanto é 100% das empresas e dos respectivos responsáveis, tudo isso via treinadores e supervisores.

Não muda nada. Nem na teoria, muito menos na prática.

As cifras vão falar mais alto. Chega quem tem mais dinheiro. É assim.

Aos clubes tudo, aos jogadores nada.